Umbanda, Religião de Transformação Interior.
Estamos vivendo, no Planeta Terra, o princípio de momentos já sobejamente anunciados pela maioria das Religiões, através de seus instrutores espirituais, tendo em vista a sua próxima evolução para Planeta de Regeneração, saindo da etapa, necessária, mas difícil, de planeta de purgação.
As religiões surgem aos borbotões, eivadas dessa miscelânea já falada. Religiões planejadas pelo mundo espiritual, como faróis de alerta e chamada à regeneração. Infelizmente, contudo, a mistura da ignorância, da vaidade e interesses psico emocionais de
pseudos Dirigentes Religiosos, combinados com a ação de elementos das sombras buscam desvirtuar suas verdadeiras funções, integrando nelas o sentimentalismo, a busca de valores irreais, ilusórios e mundanos, na busca de bens puramente materiais. A
semente da superstição e da crendice é lançada, aproveitando-se desse momento de busca do socorro, pela ânsia de algo que, muitas vezes, nem esses irmãos o sabem, mantendo-se numa situação de atraso e perdição.
Depois de conhecer, passar e experienciar religiões como a Católica, o Candomblé, o “Umbandomblé”, o Espiritismo kardecista, gostaria de falar de acordo com a visão da Umbanda conforme praticada no Cruzeiro da Luz, ou seja da Umbanda Espírita Cristã, e ensinada pelo Caboclo Ventania de Aruanda. Religião é religação com Deus, e não posso compreender agrupamentos,
ditos religiosos, onde imperam apenas a vaidade, o egoísmo, a exterioridade e a invencionice, fantasias sem respaldo científico religioso, que só prendem seus adeptos à ignorância e ao vazio, estagnando-os nos seus processos de evolução pela reforma íntima e mudança de valores à luz do Evangelho de Jesus.
Sim, a Umbanda é uma religião que pode e deve levar seus adeptos a uma verdadeira ascensão espiritual. Infelizmente, tendo em vista seu caráter universalista e livre, a mesma é utilizada pelos “Sacerdotes” de plantão para, usando seu nome, preencherem seus interesses egóicos, transformando Centros de Umbanda em verdadeiros Circos onde o que fala mais alto são os aplausos da plateia que devem encher seus ambientes circenses, para satisfazer os seus egos, nem que para isso necessitem denegrir casas coirmãs ou se colocarem, enganosamente, acima das demais casas umbandistas. Sim, infelizmente a ação as sombras utilizando o nome da Umbanda pululam por aí. Como ser uma religião se não religar o homem com Deus? Como posso dirigir e praticar uma religião apenas oferecendo “ilusões” de curas, soluções materiais a partir de barganhas e retiradas de encostos e cargas, quando a espiritualidade nos fala constantemente pelos livres da codificação e da ciência espírita que nós
somos os responsáveis pelas aventuras e desventuras e que a solução não está fora, mas no nosso interior. A cura é interna pela mudança de valores mentais e reforma íntima, como prega Jesus e muito nos fala Kardec: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço que o mesmo empreende pela sua reforma íntima”.
Hoje se fala e se discute, inutilmente, sobre codificação, e etc... Ora, em vez dessas discussões vazias busquemos limpar a Umbanda de fantasias, de exotismos e esoterismos inventados pelas mentes fantasiosas de pessoas e grupos. Não que tenha nada contra o esoterismo em si, que é uma forma filosófica que pode ser bem útil, quando ligada a valores científicos e ascensionais.
A verdade é que, depois de algum tempo, tudo isso vai perdendo a consistência, e as pessoas vão enveredando por caminhos cada vez mais absurdos e exóticos, como vejo ocorrer com Casas Espíritas e Umbandistas, que se esquecendo da evangelização e esclarecimento doutrinário, como missão da chamada para a reforma interior como principal caminho da cura e debelação dos males e sofrimento, vão se adentrando em tipos e estereótipos técnicos e esotéricos, que levam as pessoas a ficarem na exterioridade e não a entrarem em si para se autoconcientizarem de seus valores de espíritos imortais a caminho da Casa do Pai.
Isto, como já falei, está ocorrendo, como uma ação das sombras neste momento tão sério para o Planeta, em todos os moldes religiosos. Quanto a isso gostaria de transcrever texto do médico espírita Alírio de Cerqueira Filho, em seu livro “Terra – Um Mundo de Regeneração e Você, da Ed. Espiritizar:
“Jesus diz no Evangelho: Quando, pois, virdes que a abominação que causa desolação, de que falou o Profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê entenda).
O abominável está no fato de, nesses lugares, em vez de, verdadeiramente, se falar do amor, da transformação interior pelo esforço do bem, se vem falando de Deus e de Jesus, mas com o fim de se auferir proventos financeiros. Isso não é, de fato, uma das coisas mais abomináveis que se pode fazer? É a essa triste realidade que Jesus se refere ao falar das falsas igrejas cristãs que comercializam as coisas sagradas. A atitude é francamente prática abominável e se configura num dos indícios preconizados do final dos tempos.
Essa reflexão é válida para muitos Centros que se dizem espíritas, mas que de espiritismo não tem nada. Em muitos deles se pratica o mediunismo mistificado, com promessas de cura dos males físicos e mentais, em nome de Jesus e de outros benfeitores. A desolação que isto causa é ainda mais abominável do que as praticadas nas igrejas pseudocristãs, porque efetivada por pessoas que teoricamente, ao menos, têm conhecimento de que a Doutrina Espírita é o Consolador prometido por Jesus.”
Diz Allan Kardec que “Toda religião que não torna o homem melhor, não atinge o seu objetivo”.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas, Espírito Luminar fundador da Religião de umbanda no Brasil, assim se expressava, em 1908, profetizando:
"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.”
Essa condução religiosa sem a ciência da fé e a chama da reforma interior, única fonte de cura real de nossos males e tristezas, leva os frequentadores a uma estagnação infantilizada da busca de culpados por seus males no exterior, projetando suas fugas em acusações, maledicências, fofocas, voando, como baratas, de Centros em Centros sempre os acusando de fracos ou “fajutos”, precisamente porque não querem ou não foram, o que é triste, conduzidos a essa interioridade religiosa de encontro com o Cristo interno que leva a autoconsciência de sua realidade em demanda da reforma intima e, portanto, da cura dos males que os afligem. É o momento da verdadeira conversão, ou seja, volta para si onde se encontra a essência espiritual, onde Deus aguarda o ser para completa-lo e enriquecê-lo. Nesse momento se vai descobrir que aquele que vai solucionar seus problemas, curar seus males e abri-lo para a paz e alegria é o próprio nesse encontro com Jesus, nunca “pais de santo” “guias” ou “gurus”. Somos responsáveis por nossos destinos e só nós podemos mudá-lo. Nada nem ninguém pode nos atingir ou solucionar nossas dores sem o nosso consentimento ou concurso.
A necessidade de preenchimentos egóicos de seus interesses materiais (financeiros) ou carenciais face a suas frustrações e vazios emocionais, levam a uma corrida ou para apresentar ensinamentos complicados, esdrúxulos e “cabalísticos” que impressionam os fracos ou então a encherem as Casas ditas umbandistas com fantasias, crendices e superstições primárias em nome do “eró”(segredo) que não existe, só na estória da carochinha.
O que termina por ocorrer é que irmão, aqueles que têm mais sentido intelectual, por pensar e refletir, ou que buscam na Umbanda uma religião séria que os ajude a entender a vida em sua dependência ecaminhada para Deus, face ao sofrimento e a morte, se decepcionem abandonando a religião de Umbanda, pois essa religião, como lhe foi apresentada, falta raiz
espiritual que lhes diga: tudo passa, Deus é a meta, a reforma íntima e evangélica é o meio, e os rituais religiosos só têm sentido se lhes leva ao enraizamentoe aumento de valores ascendentes e espirituais, e não um convite à vaidade, às crendices e fantasias, pois, mais cedo ou mais tarde, pela lei natural, se descobrirá tratar-se, tudo isso, de quimeras infantis que não
mudam as vidas, nem materialmente, que é a primeira busca dos não esclarecidos; e nem espiritualmente, o que deveria ser a missão principal da religião.
Jamais seria umbandista se acreditasse ser a Umbanda um grupo de pessoas voltadas apenas a esoterismos vãos e fantasistas, ditas mediúnicas, que só aprisiona à ignorância e à superstição, como ocorria com nossos antepassados que ainda não conheciam a ciência mediúnica, a existência das energias e fluidos criadores, mantenedores e transformadores no Universo.
O Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz quer ser um Templo, ao lado de outros Templos sérios, que aponte, dentro do movimento Umbandista, participando do ideal do Caboclo das Sete Encruzilhadas, o caminho da evolução, da vida sadia, sem medo e sem superstições.
Onde os rituais simples, como simples é Deus e os amigos espirituais, encantem aos olhos do espírito, e não aos olhos da matéria ou dos egos, que preencham os corações, encontrando uma correspondência na simplicidade das Leis Cósmicas Universais.
Mediunidade não é teatro. Essa coisa horrível do trabalho mediúnico sem estudo, ou com os chamados “estudos esotéricos”, sem respaldo científico doutrinário espiritualista, onde a ânima do médium acaba se sobressaindo à comunicação espiritual, leva a médiuns (principalmente na Umbanda) a se obrigarem a verdadeiras encenações para arrancar a admiração e “aplausos” de uma assistência infantilizada religiosamente pela falta de esclarecimento e evangelização, preenchendo o ego e a necessidade de auto afirmação de “Dirigentes” e Médiuns”.
Não, o Cruzeiro da Luz não se preocupa com a quantidade de assistidos ou de médiuns em sua Corrente. Lá não é e nem será jamais um circo, e sua corrente mediúnica nunca será preparada, ou “adestrada”, para apresentação circense, ilusória, mas
sim para o exercício do sacerdócio com Jesus, em parceria com os Benfeitores Espirituais, que ensina, que cura e que conduz à religação com o Pai Amantíssimo.
O Cruzeiro da Luz, como vários outros Templos Umbandistas sérios, preocupa-se em dar àqueles que nos procuram o melhor que temos, e busca formar seus médiuns como cidadãos sérios, amadurecidos no estudo e no trabalho, para serem, sem fantasias e crendices, bons intermediários e companheiros de trabalho para os Guias e Mentores, que vêm, sacrificialmente, contribuir para o aperfeiçoamento e melhoria da humanidade.
Como diz o Caboclo Ventania: “... a Corrente do Cruzeiro da Luz não precisa de muitos médiuns, mas de médiuns sérios, maduros e bem preparados”.
Pai Valdo (Sacerdote Dirigente do T. E. do Cruzeiro da Luz)
Um comentário:
Agradecido e honrado com sua aparição, Pat. Também não lhe esqueço, viu?
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