terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma História do Zodíaco - Série Edward Bach



Quando nosso Senhor, o Grande Irmão da raça, julgou que era tempo de aprendenrmos uma outra lição do grande Livro da Vida, o mensageiro chegou envolto em luz na escuridão da noite, no frio do inverno, quando a vida física estava voltada para o interior, e anunciou a revelação de um outro aspecto do Amor, que o homem, agora suficientemente forte, podia surportar. Mas os homens ficaram terrivelmente apavorados com a Luz e com os Anjos, de modo que, ao invés de se sentirem alegres e felizes, foi preciso dizer-lhes que não temessem, que a Paz e Boa-Vontade desceria sobre eles. Tudo isso eles ouviram de joelhos, olhando para baixo para terem a certeza de que o solo que eles conheciam ainda se encontrava sob seus pés, pois era a única coisa de que tinham certeza. Agora o solo no qual viviam e do qual tiravam alimento em abundância produzia também muitas plantas para a sua cura, mas teriam de encontrá-las sozinhos.

Os sábios Irmãos da raça, que muito tempo antes tinham ouvido as boas novas das estrelas, procuraram essas flores, verdadeiras amigas do homem que tinham o poder da cura, e encontraram os Doze Remédios, através da virtude dos Quatro Auxiliares.

Os Quatro Auxiliares eram: a fé em um mundo melhor que esperavam um dia alcançar, agora refletida no flamejante ramo de Gorse; a perseverança de Oak, que enfrenta todas as tempestades, oferecendo proteção e apoio às coisas mais fracas; a vontade de servir de Heather, que contenta-se em cobrir, com sua beleza simples, os espaços áridos varridos pelo vento e as nascentes puras que irrompem das rochas, trazendo brilho e frescor aos fracos e sedentos após a batalha.

Edward Bach - 1934.

Gorse = Tojo
Oak = Carvalho
Heather = Urze
Nascentes das rochas = Rock Warter = Água Mineral.


Os Quatro Auxiliares
Parte do texto publicado por C. W. Daniel, ao final de 1933.



Gorse - Ullex Europaeus - (Tojo)
Eles dizem: "Tentei tudo e nada resolveu; nada pode me curar".
Eles pararam de tentar, resignaram-se à sua enfermidade e nem mesmo se queixam.
Dizem que já llhes falaram que nada pode ser feito, que já passaram por todos os médicos e, mesmo que começassem o tratamento, como têm estado doentes há tantos meses ou anos, não esperam melhora por um bom tempo.
A razão para sua resignação é que em algum época, o medo, o terror ou a tortura fizeram com que perdessem a esperança e parassem de lutar. Mas tais casos podem melhorar para além de todas as expectativas, sob a influência de Gorse e, depois, para que se complete a cura, pode ser necessário empregar Agrimony ou Mimulus.
Gorse é para aqueles que sofreram muito e cuja coragem falhou; para aqueles que perderam a vontade de continuar tentando.
As pessoas que necessitam de Gorse são geralmente pálidas e frequentemente apresentam olheiras sob os olhos. É como se precisassem de mais luz do sol em suas vidas para afastarem as nuvens.

Oak - Quercus Pedunculata - (Carvalho)
Oak é para aquele tipo de pessoas que, embora não tenham esperança de cura, ainda lutam e ficam irritadas por estarem doentes.
Tais pessoas têm doenças físicas que tendem a permanecer por anos, mas embora sintam desesperançadas, ainda continuam tentando e lutando.
Irritam-se porque não melhoram e ficam aborrecidas com a doença, porque são um problema para os outros e não podem cumprir com a sua parte nas obrigações diárias.
Odeiam ser incapazes de desempenhar seu papel no jogo da vida e encaram-se como fracassadas.
Tais pacientes nunca culpam os outros, colocando sobre os próprios ombros toda a responsabilidade.
As doenças, para esse tipo de pessoas, ocorrem quando muito do equilíbrios mental e físico é perdido: desequilíbrio mental, como num colapso nervoso grave ou outros tipos de insanidade (onde há grande perda do controle); desequilíbrio físico, como perda do controle sobre partes do corpo ou sobre suas funções.

Heather - Calluna Vulgaris - (Urze)
A característica das pessoas do tipo Heather é que elas se preocupam com os problemas dos outros, não com aquelas grandes coisas da vida, mas com os pequenos assuntos da vida diária.
Tais pessoas gostam de cuidar daqueles que estão com problemas e são impetuosas em suas tentativas de ajuda. Ficam frustradas e perturbadas quando os outros recusam seus conselhos, pois acham que são para o bem deles.
Tentam de todas as maneiras possíveis persuadir e mesmo compelir os outros para que façam o que acham certo.
São bem intencionadas e, em geral, o seu julgamento é correto, mas esgotam-se na tentativa de ajudar os que lhe são caros.
É um estado de excessiva ansiedade pelo bem-estar de amigos e parentes e de esforço violento para corrigí-los.
Esse estado mental está tão entranhado em suas naturezas que passa a ser encarado como parte de sua personalidade.
As pessoas o tipo Heather tendem a apresentar problemas cardíacos, palpitações, dores de cabeça latejantes, indigestão e outros problemas semelhantes, que podem ser causados pela ansiedade e esforço intenso para ajudar nos problemas cotidianos.
Tais problemas não são, em geral, muito sérios até a velhice, mas essas pessoas podem ter uma quantidade considerável de inconvenientes e interferências em sua vida diária durante anos, através de pequenas doenças. Tendem também a ficar ligeiramente temerosas por si mesmas, até mesmo se tiverem algum pequeno problema.
Gostam que os outros dependam delas e têm prazer em sentir que estão sendo úteis e que ajudam qualquer um que esteja em dificuldades.
Têm grande autoconfiança e certamente são muito capazes, de modo que nunca duvidam de sua capacidade de aconselhar e prestar assistência.
São frequentemente bem constituídas e de boa cor: coradas, fisicamente fortes, cheias de energia e bastante ativas; são generosas em seus esforços pelos outros.
Este remédio pode ajudar a melhorar muito a saúde, a acalmar os seus temores e a suavizar suas ansiedades relativas aos que lhes são caros.

Rock Water - (Água Mineral)
Este é o remédio para as pessoas idealistas. Tais pessoas têm opiniões muito fortes a respeito de religião, política ou reforma.
Bem-intencionadas e desejando ver o mundo diferente e melhor, tendem a restringir seus esforços à crítica ao invés de dar o exemplo.
Permitem amplamente que suas mentes e suas vidas sejam regradas por suas teorias.
Qualquer fracasso a tentativa de fazer os outros seguir suas ideias deixa-os muito infelizes.
Querem planejar o mundo de acordo com seus próprios pontos de vista, ao invés de calma e sauvemente realizar sua perte no Grande Plano.
Este remédio traz muita paz e compreensão, alarga a visão, fazendo ver que todas as pessoas precisam encontrar a perfeição em seu próprio caminho, e traz a percepção do "ser" e não do "fazer": de sermos nós mesmos um reflexo das Grandes Coisas e não de tentar colocar para fora nossas próprias ideias.
Ele ensina que é através do exemplo que as pessoas são ajudadas e conseguem perceber a verdade e não através dos métodos severos da Inquisição.
Ajuda a abolir a desaprovação e traz a compreensão de que se deve permitir que cada pessoa tenha as suas próprias experiências e encontre sua própria salvação.

sábado, 28 de maio de 2011

O Pequeno Cachorrinho Negro - Série Edward Bach


Eu adoraria que Cristo tivesse um peueno cachorrinho negro,
De pêlo encaracolado e fofo como o meu;
Com duas longas orelhas sedosas e um nariz redondo e úmido,
E olhos brilhantes, castanhos e ternos.

Estou certo de que se ele o tivesse, o pequeno cachorrinho negro,
saberia desde o começo que ele era Deus;
Não precisaria de prova alguma de que Cristo era Divino,
E apenas veneraria o chão que ele pisou.

Receio que Ele não tenha tido, porque li
Como ele orou sozinho no Monte das Oliveiras;
Pois todos os seus amigos e discípulos se tinham ido
Até Pedro, aquele chamado pedra.

E, oh, tenho certeza de que o pequeno cachorrinho negro,
Com seu coração tão terno e quente, 
Nunca o teria deixado sofrer sozinho,
Mas teria ficado ao seu lado,

As suas mãos em agonia teria lambido,
E considerando todas as graças, mas não a perda,
Quando eles O levaram embora, teria caminhado sempre atrás
E o seguido até a Cruz.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como Sou A Água...

Pintura de Claude Monet

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.

Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuoso.

Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo.

Permanecerei oculto por algum tempo mas não tardarei a reaparecer.

Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar no subsolo, eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.

E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A História do Carvalho - Série Edward Bach



A História do Carvalho (OAK)

Dr. Edward Bach - 1934

Um dia, não há muito tempo, um homem recostado num carvalho, em um antigo parque de Surrey, ouviu o que o carvalho estava pensando. Isso parece muito engraçado, mas como você sabe que as árvores pensam e algumas pessoas podem captar o seu pensamento.
Este velho carvalho, e era um carvalho muito velho, estava dizendo para si mesmo: "Como invejo aquelas vacas, que podem caminhar pelos campos, enquanto eu fico aqui. Tudo ao redor é tão maravilhoso, tão belo, com a luz do sol, a brisa e a chuva e, contudo, estou aqui enraizado.

Anos depois, o homem verificou que as flores do carvalho tinham um grande poder, o poder de curar muitas pessoas doentes e assim ele colheu as suas flores e transformou-as em remédios que curaram inúmeras pessoas.

Algum tempo depois disso, numa tarde quente de verão, o homem deitou-se na orla de um campo de milho e estava quase dormindo quandou ouviu uma árvore pensando. A árvore estava conversando consigo mesma e dizia: "Não invejo mais as vacas que andam pelos prados, porque posso ir para os quatro cantos do mundo curar pessoas que estão doentes". E o homem olhou para cima e viu que era um carvalho.

 OAK - Floral de Bach - É um dos 4 grandes auxiliares dos 12 remédios básicos dos Florais de Bach. Esses auxiliares vém para "desmascarar" a personalidade forjada a partir da doença, quando o paciente já está nesse quadro há muito tempo e já se resignou a ele a ponto de modificar sua vida em função da doença, ou quando o paciente não quer encarar a doença, criando subterfúgios para esconder os "sintomas" em sua personalidade.
Oak é para aquele tipo de pessoas que, embora não tenham esperanças de cura, ainda lutam e ficam irritadas por estarem doentes.
Tais pessoas têm doenças físicas que tendem a permanecer por anos, mas embora se sintam desesperançadas, ainda continuam tentando e lutando.
Irritam-se porque não melhoram e ficam aborrecidas com a doença porque são um problema para os outros e não podem cumprir a sua parte nas obrigações diárias.
Odeiam ser incapazes de desempenhar seu papel no jogo da vida e encaram-se como fracassadas.
Tais pacientes nunca culpam os outros, colocando sobre os próprios ombros toda a resonsabilidade.
As doenças, para esse tipo de pessoas, ocorrem quando muito do equilíbrios mental e físico é perdido: desequilíbrio mental, como um colapso nervoso grave ou outros tipos de insanidade (onde há grande perda de controle); desequilíbrio físico, como perda do controle sobre partes do corpo ou sobre suas funções.

Textos extraídos do livro "A Terapia Floral - escritos selecionados de Edward Bach" - Editora Ground, 1991.

@patkovacs.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

OXOSSI, O CAÇADOR DIVINO


No dia 20 de janeiro a Umbanda celebra o Orixá Oxossi. Todos os umbandistas se voltam para essa Vibração Sagrada, regida pelo Orixá Oxossi, buscando nela a vivência da religião sob o puro ar da fé e da alegria. Oxossi vem sempre em nossa direção apontando seu arco e flecha de luz, nos convidando ao encontro de nós mesmos, como espíritos imortais, pelo conhecimento e sabedoria de quem se desprende das ilusões para ir a busca do ar puro das matas da espiritualidade.

No âmbito material esse Sagrado Orixá nos proporciona a energia da fartura alimentar, proporcionada pela fauna e flora, e do conhecimento através da literatura e das artes, sempre em vista da perfeição divina, que se manifesta no belo e no puro.

Ele é o Caçador das Almas, pois a sua Sagrada Vibração sempre vibra no sentido de caçar nossos espíritos perdidos na mata densa e escura das ilusões materiais, que nos proporcionam desventuras mil, para nos reconduzir à mata verde, clara e pura da espiritualidade sublime e evangélica, através do conhecimento sadio e racional.

Encontramos Oxossi no 4º Raio Vibracional, é o Poder Mantenedor. Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do espírito a caminho da Casa do Pai.

Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico, emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar, servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações magísticas.

As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e perispirituais.

Oxossi dirige do Alto a grande Linha de Trabalhadores Espirituais de Umbanda que recebem o nome místico de Caboclos. Embora essas Entidades espirituais tenham suas vibrações próprias, como espíritos individuais que são, estão todos reunidos em falanges que se abrigam sob a Linha Vibracional do Orixá Oxossi, daí ser a festa em homenagem a esse magnânimo Orixá, também a Festa dos Caboclos de Umbanda.

Os Caboclos são espíritos que adentram ao trabalho do movimento umbandista assumindo, em sua maioria,  a roupagem fluídica de índios, mas também encontramos os Caboclos Boiadeiros com a energia dos ventos e campinas de Iansã, Marujos com a energia das águas salgadas de Iemanjá e Baianos, todos eles trabalhando na sua Vibração individual, mas sob a tutela da Linha Vibracional de Oxossi.


TEMPLO ESPIRITUALISTA DO CRUZEIRO DA LUZ

Pai Valdo - http://www.cruzeirodaluz.net/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reiki - Método de Autocura e Cura Através das Mãos

 
"Só por hoje:
Não se preocupe
Não se aborreça
Honre pais e mestres
Trabalhe honestamente
Seja gentil com todos os seres"
Kotodama: os 5 preceitos do Reiki

Reiki é a Energia Vital Universal e o termo foi cunhado por Mikao Usui, o redescobridor desta que é um dos muitos métodos de cura e autocura através das mãos, canalizando a Energia Vital para o próprio corpo ou para qualquer outro corpo, desde que seja organicamente vivo - nisso inclui-se os Animais e Vegetais.

Mikao Usui não deixou biografias escritas a seu respeito e quase nada se sabia sobre ele até o início da década de 1990. Com a falta de informações sobre o fundador da técnica de cura, fábulas foram inventadas, entre elas de que ele era um monge cristão que lecionava religiões na universidade Doshisha de Kyoto. Na ocasião, ele ensinava as passagens bíblicas das curas efetivadas por Jesus quando um aluno mais curioso perguntou como Jesus operava tais curas... de acordo com a versão mítica da iniciação de Usui na busca pelo que seria, posteriormente, a técnica de cura Reiki, Dr. Usui ficou tão chocado com a pergunta que ele não tinha resposta, que começou a buscar por tal resposta freneticamente, encontrando-a anos depois nuns escritos muito antigos que ele teve que traduzir do sânscrito. Mas não pára por aí! Depois de anos aprendendo uma língua extinta e traduzindo pergaminhos de mais de mil anos, Usui descobriu que somente se iniciava na técnica do Reiki se houvesse um mestre para isso! Obviamente, depois de 1500 anos, não havia mais mestres vivos, por mais Reiki que eles tivessem praticado. Então, Usui se isolou no alto de uma montanha e pôs-se a meditar e por lá ficou, meditando, por 21 dias, quando ele finalmente foi iniciado por... Deus! Ele recebeu, diretamente em seu chakra frontal, as luzes que representavam cada um dos 4 símbolos iniciáticos e, à partir daquele momento, Usui tornou-se um canalizador da Energia Vital Universal.

A história até é bonitinha, mas exagerada demais para ser verdade. Provavelmente foi inventada para que houvesse uma maior disseminação e melhor aceitação do Reiki nos países ocidentais fundamentalmente cristãos. Jesus não usava técnicas de curas. Ele ERA a própria cura. E ao afirmar que o Reiki apenas pode ser iniciado por um mestre... bem, já deu pra entender a técnica de merchandising por detrás disso, certo?

Assim como todas as Filosofias e Religiões, os Métodos de Cura também são belos e puros em sua essência. Postando de lado a questão humana de querer fazer dinheiro e poder com tudo, aproveitando-se da perfeição contida na técnica, na filosofia ou na religião, e, por outro lado, da boa vontade e ânsia de aprender e repassar dos outros, o Reiki é uma dessas maravilhosas técnicas de cura e aperfeiçoamento da "Nova Era" (cujo termo já está ultrapassado), uma Terapia Holística que trata o ser em sua inteireza, tal qual ser uno ele é: corpo, mente e espírito. Considerando a premissa de que somos espíritos encarnados e o mal que afeta o nosso corpo somático (o corpo físico de energia aglutinada em baixa vibração, formando a matéria densa) forma-se, primeiramente, no corpo espiritual e corpo mental, e é lá que a doença deve ser tratada, em sua raiz. A doença projetada no corpo físico já chega num "estágio terminal", quando o seu princípio está tão agravado que consegue romper as barreiras naturais entre os corpos sutis, ultrapassando planos dimensionais e aflorando no soma. Portanto, para fazer com que uma árvore seque definitivamente e pare de frutificar, é necessário atingir a sua raiz, eliminando-a para sempre e, uma vez eliminado o mal pela raiz, em seu princípio e núcleo, ele nunca mais florescerá.

E, assim como tantas outras terapias naturais, o Reiki, que é o processo de cura e harmonização através das mãos, vem como poderoso auxiliar no combate às doenças de nossa época e, o mais importante, um mantenedor da saúde, quando alguém ainda somaticamente saudável, faz uso da técnica para manter a harmonia em seus corpos sutis, evitando que as doenças se formem e, se já formadas, que sejam eliminadas antes que atinjam o corpo físico.

Falaremos mais em outra hora...

@patkovacs

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Exu é de Lei!

Arte do Livro "Frente de Tempestade"
Incomoda muito um mistério, uma linha de trabalho tão forte ser tão mal compreendida e tão desrespeitada por muitos entre nós. Sem querer ditar uma verdade absoluta, reflitamos sobre tão polêmico e instigante assunto.

Com a permissão e saudação aos Senhores Exus, chamados, indiscriminadamente de “Povo de Rua” e “Povo de Esquerda”, a primeira observação ao seu atributo maior como trabalhador do Cristo é que Exu só existe de Lei...pois ele é o Agente da Lei, aplicador da Lei, Representante da Lei Divina.

Variando de um Templo ou região pra outra, é comum ouvir-se ou denominar os Exus que trabalham para a Lei e para os Orixás, e de “exus” que praticam o mal, contrário a Lei Divina nomeados de exus fora da Lei.

Em verdade, Exu só de Lei. Fora da lei é kiumba, obsessor, ser das trevas, etc. Sendo assim e pensando honestamente dessa forma, fica muito mais claro compreendermos o que é o Exu, evitando assim essa “carga” sobre os nossos queridos amigos, trabalhadores da luz nas trevas, pela Lei de Deus e dos Orixás, evitando e evadindo todo um mal entendimento entre nós e ai a fora.

Mas são os próprios kiumbas que dão nome de Exu (de Lei) para nos confundir! E vamos dar ouvidos aos kiumbas?! Ou vamos lembrar-nos do que Jesus nos dizia: “Os filhos das trevas são mais sagazes que os filhos da luz”! Ainda parafraseando o Mestre dos Mestres, podemos dizer que o Exu é aquele que entendeu perfeitamente o “sede simples como as pombas, mas prudente como as serpentes” e tenta, de todas as formas nos ensinar essa máxima, de maneira entendível ao nosso “português”. Como diz nosso querido Exu Malandrinho: “Malandro que é malandro, passa na lama e não se mela”.

Portanto, didaticamente falando, É entendido que:

Exu – Sempre de lei, trabalha pela Lei de Deus;

Kiumba – Ser fora da lei que trabalha para si ou para as hordas das trevas;

Exu – Presta contas a Deus;

Kiumba – Responde aos seus próprios interesses ou dentro de hierarquias trevosas e contrarias a Deus;

Exu – Não aceita trabalhos contrários as Leis Divinas;

Kiumba – Aceita qualquer tipo de trabalho e quanto maior a ofensa às Leis Divinas para eles melhor;

Ambos podem atuar na vida de uma pessoa:

Exus – sempre por ordem da Lei, vitalizando ou desvitalizando os sentidos e conduzindo os espíritos (encarnados ou não) para o caminho evolutivo da Lei Divina.

Kiumbas – sempre por atuação destrutiva, negativa, na intenção da causar sofrimento e queda de espíritos (encarnados ou não), e em processos da lei.

Exus – são hierarquizados em acordo com cada Atributo Divino, divididos em irradiações ou Orixás e graus evolutivos.

Kiumbas – são hierarquizados em acordo com mentais chefes e escravos em acordo com o interesse pessoal ou poder de destruição.

Com algumas mudanças ou formas interpretativas, basicamente Exu é hierarquizado da seguinte forma:

Exu Aprendiz – Espírito com capacidade evolutiva, arregimentado pela Lei a iniciar seu serviço através de uma falange de trabalho na linha de Exu. Ainda não tem sua consciência completamente estruturada, tendo alguns deslizes de conduta que são rigidamente cobrados. Recebe ordens de um Exu de Trabalho para a realização dos trabalhos pela Lei. Estão em franco processo de lapidação de seus conceitos, condutas e mental. São os chamados “capangas” que o Sr. Malandrinho fala.

Exu de Trabalho ou de Lei – É um servidor da Lei Divina, vibrado pelo Orixá do seu Orixá Regente como um servo de Deus, trabalha diretamente junto aos médiuns, em todo tipo de trabalho pela Lei, recebe e acata as ordens dos Guias Espirituais.

Exu Coroado ou Guardião – É o Guardião do Orixá regente do médium. Recebe ordens diretas dos Orixás e determina a forma de cumpri-la. Normalmente não se apresenta aos médiuns nem revela seu nome, raramente incorpora e não dá aconselhamentos. É o Mentor “à esquerda” do caminho evolutivo do médium. Já tem assentado em si toda a sustentação Divina dos Orixás para o trabalho.

Todo médium possui:

Exu Guardião – correspondente ao seu Orixá Olori, raramente incorpora.

Exu de trabalho ou de Lei – correspondente ao Orixá do médium. É um espírito trabalhador que é “exunizado” pelo Guardião da vibratória do médium, a fim de exercer as atividades de Agentes da Lei, Mensageiros e Defensores Vibratórios. Incorpora, dá aconselhamento, atua na vida do médium e a mando da Lei na vida de outras pessoas em auxilio.

Aos Exus de trabalho podemos pedir ajuda na solução de problemas e ajuda a outras pessoas, sempre conscientes do nosso e do merecimento alheio, sempre sob as Leis de Deus. Aos Exus Guardiões devemos pedir somente auxílio no sentido de amparo, sustentação, proteção e condução a linha reta evolutiva. A todos devemos sempre ter respeito, tratando-os com reverência, pela alcunha de senhores.

Por mais humano que Exu se manifeste e se expresse, devemos sempre ter respeito e educação para nos dirigirmos mentalmente ou pessoalmente a qualquer um deles, pois são Senhores Guias Espirituais que trabalham em nome de Deus, com caridade, responsabilidade e muitas vezes a nossa frente para nos defender e proteger de demandas e embates astrais negativos.

Exu tem mais luz que podemos supor, mas por amor ao Divino Criador e aos Amados Orixás, serve a Luz nos campos trevosos, em combate a todos que blasfemam ou que atuam contra as Leis Divinas; Exu oculta sua luz pra poder entrar nos campos negativos em socorro ou combate; Exu verbaliza de forma humana para bem ser entendido por nós; Exu conhece e respeita as Leis Divinas, as Linhas de Trabalho e todos os médiuns que assim merecem ser tratados.

RUA GRAJAÚ, 33  GRAJAÚ  RIO DE JANEIRO/RJ

sábado, 14 de maio de 2011

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO


“Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágimas lhe desciam pela face e não sei porque as contei.. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.

- Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que esternas assim, esta tão visível dor ?

- Estás vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro? As lágimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas.

- A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender.

- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam.

- A terceira, aos maus. A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante.

- A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade.

- A quinta lágima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios. Mas se olhares bem, no seu semblante, verás escrito: ‘Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zâmbi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo’.

- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente.

- A sétima, filho, notas como foi grande ? Notou como deslizou pesada? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos ‘Olhos’ de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta, aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa. Aos que esquecem de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas ‘crianças’ precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar.

Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO...

Extraído do Flecha de Luz - www.cruzeirodaluz.netboletim_esp@terra.com.br

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Preto Velho - 13 de Maio


A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mas diferenças ocorrem porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham. Essas diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás:

Pretos-Velhos De Ogum: São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas. São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e “medrosos”. É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.

Pretos-Velhos De Oxum: São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa.

Pretos-Velhos De Xangô: Sua incorporação é rápida como as de Ogum. Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.

Pretos-Velhos De Iansã: São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual. Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.

Pretos-Velhos De Oxossi: São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc… São verdadeiros químicos em seus tocos. – Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior “químico” – Oxossi.

Pretos-Velhos De Nanã: São raros, sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo. Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de “moral fraca”. Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta. São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma, pois isso sem dúvida é a sua função. Atuam também como os de Inhasã e Obaluaiê, conduzindo Eguns.

Extraído do Canto do Aprendiz

quinta-feira, 12 de maio de 2011

RITUAL E MAGIA


O Ritual é o conjunto de símbolos realizados por meio dos elementos, das palavras e dos gestos, que têm caráter energético e devem promover uma ação interna de religiosidade e crescimento espiritual nos seus participantes.

A Magia se constitui na manipulação das energias salutares, dos fluidos que estão contidos nas forças sutis, e que se manifestam no plano físico concreto por meio dos elementos, que Deus nos proporciona através da natureza que, não podemos esquecer, são regidas pelos Sagrados Orixás, em função de um bem religioso que purifica, energiza, destrói elementos negativos e cura.

Essa Magia só deve ser manipulada em prol do bem e do crescimento espiritual das criaturas. O uso dessas energias, na magia, para proporcionar desassossego ou qualquer tipo de mal é um uso abusivo, afinizado com as sombras, que desvia sua verdadeira função. Voltamos a lembrar que essas energias naturais são regidas e conduzidas pelos Sagrados Orixás e, portanto, o uso indevido das mesmas, apesar de permitido face a lei do livre arbítrio dos seres, terão mais cedo ou mais tarde suas conseqüências funestas sobre aqueles que assim ousam deturpar suas verdadeiras funções divinas, tendo em vista a realização da Lei Causa e Efeito, da Lei do Retorno, pois serão grandes dívidas contraídas em face da Lei Sagrada de Deus.

Na Umbanda essa Magia, chamada por alguns de Magia Branca, ocorre por meio dos Rituais e ação dos Guias e Mentores Espirituais. Lembremos que a própria natureza, por si só, é uma realização magística constante, desde o abrir de uma flor, a um coração que bate no peito de um ser vivente. É sempre a conjunção de energias manipuladas pela própria natureza com uma finalidade determinada, o que proporciona a todos nós o grande espetáculo da Criação, Manutenção e Transformação de todas as coisas.

Nós próprios, com nossa mente, manipulamos constantemente as energias, tanto para o bem como para o mal de nós próprios. O estado de paz, de alegria, de saúde e bem-estar, está diretamente associado a essa manipulação mental, atraindo sobre nós energias sutis, puras e claras ou energias densas, pesadas e enfermiças, sempre de acordo com meu estado mental, seja de fé, esperança, auto-estima e caridade ou de desesperança, tristeza, depressão, maldade, etc...

A Magia, manipulação de energias por meio dos rituais, é uma forma oferecida pela Misericórdia Divina para suprir a nossa ainda incapacidade de manipulação energética mental para o nosso bem e do nosso próximo. Isso, tendo em vista o nosso estágio ainda imperfeito e ignorante da etapa evolutiva em que nos encontramos. Quando crescermos, nos espiritualizarmos o suficiente, poderemos realizar em nosso benefício e de nossos irmãos aquilo que hoje os Orixás, Mentores Maiores, Guias e a própria sabedoria ritualística, seja na Umbanda, ou em outros segmentos religiosos, o fazem em nosso socorro. O que se chama de milagre nada mais é do que essa manipulação magística realizada e concretizada num fato benéfico de ajuda e cura às criaturas. Jesus assim o fez na Sua Alta Sabedoria e Poder sobre os elementos energéticos naturais.

Na Umbanda tudo é magia, é manipulação energética religiosa em função do Bem e do crescimento espiritual de todos aqueles que dela participam. Desde o momento em que se entra num Templo Umbandista com suas saudações ritualísticas, bênçãos, etc, até as Giras como tal, são realizações dessa Magia Sagrada, sem falar na manipulação energética dos chamados “trabalhos”, como Oferendas, Iniciações, Tratamentos, Mandalas Energéticas, etc...

No Cruzeiro da Luz vemos essa manipulação energética se concretizar por meio de três movimentos essenciais que chamamos de Movimento TÂNTRICO, MÂNTRICO e YÂNTRICO.

Consideramos o Movimento TÂNTRICO aquele que é operado pela mente religiosa. É o que denominamos mentalização ou concentração. Ocorre quando a mente age pela vontade, direcionando o pensamento para a ação a ser realizada. No nosso caso, a ação religiosa. É o movimento interno. A prece, o sentimento de religiosidade, de respeito, de sacralidade, de amor e de fé, são movimentos Tântricos. O Congá, em um Templo Umbandista, deve ser o estimulador desse movimento Tântrico. Olhar o Congá deve nos estimular à prece, religiosidade, fé, interiorização.

Sem esse movimento Tântrico, impossível a realização da Magia, pois a mente, religiosamente ou não, é quem vai dar o comando para a manipulação energética. Na Umbanda, sem ela todo o ritual não passará de teatralidade, fantasia e gestos e atitudes sem repercussão no etérico/astral. A prece interiorizada, mentalizada é a melhor forma magística Tântrica. Por isso, cantar pontos numa Gira sem mentalizá-los, sem beber mentalmente suas mensagens, é pura “modinha” de salão. Dançar numa Gira ou bater palmas, sem interiorização desses atos, sem beber os seus significados simbólicos, seria pura atração popular, mas carecendo de realização magística religiosa. É claro que os Obreiros Espirituais buscam suprir a nossa ignorância e incapacidade de esgotar a atuação desse movimento nos nossos Rituais, o que não deve ser visto como se estivéssemos liberados do esforço para essa realização mental/espiritual/religiosa. Neste caso, eles se cansam e nos deixam ao nosso livre arbítrio, e vamos encontrar Giras que são verdadeiros pandemônios teatrais, senão cômicos e vazios de espiritualidade e religiosidade, que não conduzem ao Bem, à Harmonia, à Paz e à verdadeira Alegria.

O Movimento MÂNTRICO se realiza a partir do som. O som reverbera no ambiente físico, penetra no campo energético etérico/astral e retorna como um manancial magístico de Equilíbrio, de realizações e de amor.

Cantar pontos numa Gira não significa uma apresentação de belas vozes ou gritaria que acaba por mexer com o campo anímico dos participantes. Os pontos cantados na Umbanda têm a função de oferecer condições propícias para a realização da magia religiosa, pois canalizam as energias vibratórias invocadas e, em conjunto com o Movimento Tântrico, realizam a finalidade da ação religiosa do culto ali prestado.

O Movimento Mântrico ocorre por meio do Canto, da Prece falada, etc... Os Guias de Umbanda têm sua ação mântrica realizada por meio dos seus brados, sons por eles emitidos, que têm esse condão de penetrar no campo étero/astral e trazer para a manipulação por eles realizada, com o magnetismo do médium que os incorpora, energias de trabalho e cura.

O Atabaque, na Umbanda, é um símbolo desse movimento Mântrico, pois tem a função específica e só, de energizar o ambiente e oferecer melhores condições de o médium assumir suas posturas religiosas mântricas no terreiro. Quando o Atabaque se torna um instrumento de percussão barulhento, desassossegador, ele perde a sua função religiosa para ser apenas um tambor de festa.

O Movimento YÂNTRICO é o movimento do movimento propriamente dito. É a ação externa que deve ser produto da interioridade. Tudo aquilo que é usado na magia como fator de exterioridade, de onde serão retirados os elementos energéticos internos, ou seja, seu conteúdo étero/astral, é Yântrico. Desde a dança, ou pelo menos o movimento do corpo dos médiuns numa Gira, até as oferendas com suas frutas, flores, etc, obedecem a esse movimento Yântrico.

Os médiuns, em uma Gira, devem se movimentar sim, ou até dançarem, exprimindo o simbolismo da vibratória que se louva ou se invoca, desde que isto seja uma ação comandada pelo Movimento Tântrico e Yântrico bem sucedido. Nas posturas e danças ritualísticas religiosas dos médiuns estará acontecendo um desprendimento de suas energias magnéticas, que serão manipuladas, junto com as energias espirituais, para a limpeza do ambiente e para o uso dos Guias e Mentores em seus trabalhos de aconselhamento, limpeza e cura.

Podemos ainda acrescentar que a dança, assim como o canto, deve ser para o médium umbandista meios de expressão de sua fé, de seu amor e de seu devotamento ao culto sagrado em seus Templos religiosos. Pela dança, como pelo canto, eles louvam, eles agradecem, eles invocam a espiritualidade, em nome de Jesus, para o crescimento espiritual e ajuda na caminhada evolutiva sua e de seus irmãos.

A Umbanda, como vemos, é uma religião rica em seus rituais magísticos, quando compreendidos e realizados dentro do espírito do sagrado e da busca constante da melhoria mental, emocional e física, para um caminhar com Jesus, com os Sagrados Orixás e com seus Guias, em demanda do mais Alto, do aperfeiçoamento de seus espíritos, nesse encontro com Deus, que é o fim último de todos nós e a razão de ser da existência das Religiões.

“Senhor, nós viemos de Ti e nossos corações só encontrarão descanso quando retornarmos a Ti” - Sto Agostinho.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mensagem de Pai Antonio de Aruanda

 
Quando a individualidade desaparece
A Luz de Oxalá inunda seu ser.
Você é a Luz, A Luz é você!

Quando o amor surge como uma flor,
Os lírios de Mamãe Oxum brotam em seu coração.
Você é a Flor, A Flor é Você!

Quando a ignorância é eliminada,
As Flechas do Caçador (Oxossi) te guiam.
O Caçador é você. A Caça também!

Quando a alma vence sua própria treva
O Raio de Xangô é vivo no espírito.
Você é o Rei, o Rei é Você!

Quando o tufão do discernimento surgir
Não mais a sombra da alma há de te possuir.
Você é a Guerreira (Iansã),
a Guerreira é você.

Quando as cabeças do vício forem cortadas
A Espada do guerreiro (Ogum) iluminará o caminho!
Você é a Senda, A Senda é Você

Quando a cruz viva do “Velho”(Obaluayê) te marcar
O peso do mundo em suas costas cairá.
Você é Caridade, A Caridade é você!

Quando a Anciã (Nanã) do destino, em ti existir
Não mais mistérios hão de te possuir.
Você é o Fim e também o Começo!

Quando a estrela brilhar, e o canto encantar
Nas praias de Aruanda a Mãe Divina (Iemanjá) você verá.
Você é a Umbanda, Umbanda é Você!

E então, no fim da jornada,
Onde os caminhos se entrecruzam,
E as Sete Encruzilhadas são contempladas,
O Amor que a Tudo gera lá estará!

Você é Olorum, Olorum é Você!

Assim cantava-se na velha Luanda...
Assim ainda se canta,
Na querida Aruanda...

Pai Antonio de Aruanda - Mensagem recebida por Fernando Sepe

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Guardião do Mundo: EXU!

Ilustração de Chris McGrath.
Ilustração para a série literária Os Arquivos de Dresden, de Jin Butcher (e não tem nada a ver com Exu, mas achei que as imagens de Harry Dresden, feitas por Chris McGrath, são perfeitas para ilustrar o artigo :)

A ideia geral que se tem dos Guardiões do Astral, denominados na Umbanda por Exus, é controversa, polêmica e injusta. Por culpa de irmãos ignorantes - e também, alguns maus - esses Ordenadores, Cumpridores e Feitores da Lei Maior são confundidos com espíritos involuídos, os vulgos demônios e afins.

Quantos anúncios vemos pelas ruas da cidade e nos classificados de jornal que Sr. Zé Pelintra, Sr. Tranca Ruas ou mesmo Sra. Maria Padilha e Sra. Maria Mulambo são meros capatazes de "pais-de-santo" que atuam com baixa magia para vencer e destruir inimigos, separar casais, amarrar homem e outros quesitos indignos e mesquinhos que prometem cumprir em 3, 6, 12 horas, mediante a compra de material para o trabalho? A sordidez de tais "pais-de-santo" é tão desavergonhada que os mesmos, além de estarem usando - e difamando! - os nomes de nobres seareiros do Astral, dizem que faz caridade e não cobram pelo trabalho, apenas pelo material que será empregado!

Pois que, por causa desses inescrupulosos e sórdidos médiuns, que um dia macularam e corromperam tão divina missão, a da Mediunidade, nossos abençoados Guardiões, os Exus, são discriminados e difamados, confundidos com demônios, kiumbas, eguns (as várias denominações para os Espíritos humanos maus e sem Luz), quando, na verdade, Exu é a "polícia do Astral". Exus são espíritos que estão, pelo menos, um nível acima de nós, tão em caminhada à Luz quanto nós, mas que tomaram para si a incumbencia de levar  e fazer prevalecer a Ordem e a Justiça no nosso mundo, em todos os Planos que aqui se compõe, tanto este visível quanto o invisível - e além.

Exu, como eles mesmo dizem, é a Luz nas Trevas!

São Espíritos que se sacrificam em nome do Pai e a favor de nós - sim, NÓS, seus irmãos, muitas vezes ingratos! São Espíritos que adensam a sua matéria sutil e descem a níveis tão grosseiros que até mesmo nós encarnados, seres então adensados, não suportaríamos pela carga tóxica que emana de tais regiões. Umbral é fichinha perto dos lugares que os Exus se metem para desmontar antros de magia negra e resgatar outros irmãos que despertam a Luz em suas consciências, cansados de percorrer a estrada torta. Como o próprio nome diz, Umbral é somente a porta de entrada. Os Guardiões vão a níveis ainda mais profundos, chamados de Sub Crosta, que é o verdadeiro Inferno que a Igreja tem ensinado há séculos. Se já trememos e nos arrepiamos quando sentimos uma pequena descarga de energia perniciosa desferida por um encarnado ou desencarnado que está de pinimba conosco, imagina se nós conseguiríamos suportar a toxicidade e o peso áspero de tais regiões, tão agregadas de maldade e corrupção?!

Pois bem, os Exus conseguem. São eles que vão bater de frente com essa energia densa, negra e ácida. São eles que vem nos socorrer e nos protege, quando invocamos a ajuda de Deus Pai ou Filho. "Exu pode não ser anjo, mas capeta ele não é", como bem diz um de seus inúmeros pontos cantados.

Snake Eye's =]~

domingo, 1 de maio de 2011

Salve os Caboclos Marujos!

Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga grande e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão. Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de marés tortuosas, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.

As giras de Marinheiros são bem alegres e descontraídas. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Chegam zonzos com a impressão de que o chão está se mexendo e que vão cair, o que isso seguramente não acontece. Isso se dá devido ao seu magnetismo aquático, e é exatamente nesse momento que eles realizam seus maiores trabalhos, pois é nesse momento de descontração, de liberdade e de alegria que eles podem buscar formas de pensamentos, seres espirituais negativos, etc, alimentados por nós, devido ao nosso pessimismo e intolerância.

Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas, são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou a procura de alguém, de um “porto seguro”.

Alguns Marinheiros eram exus que hoje trabalham na Linha dos Caboclos, na força do mar, buscando e quebrando demandas jogadas ao mar, o grande cemitério. Fazem grandiosos trabalhos de descarrego tanto nos consulentes como no terreiro, sendo uma linha muito forte de limpeza. Alguns são espíritos que, em alguma encarnação foram marujos, guardas-marinhos, pescadores e capitães do mar. São verdadeiros curadores de alma e até das doenças físicas, afinal devido às suas experiências em alto mar possuem muito conhecimento sobre a medicina popular.

Os Marinheiros trabalham na linha de Oxalá, Iemanjá e Oxum (povo d’água) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança.

A ÂNCORA, símbolo dos Marinheiros, representa a Esperança e a Segurança.

Salve o Povo D’água! Salve a Marujada! Salve os Marinheiros!
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...