O reino da justiça, das leis, das estruturas, das pedreiras, dos cristais, das rochas é regido pelo Orixá Xangô.
Na região sudeste brasileira, é sincretizado com São João Batista, e homenageado no dia 24 de Junho.
Saudação: Kaô Cabecile! (Com licença, o Rei está chegando!)
Nosso dirigente Ivo de Carvalho escreveu um ponto para Xangô que já se consagrou por todo país.
Ele bradou na aldeia
Bradou na cachoeira
Em noite de luar
No alto da predeira
Vai fazer justiça
Pra nos ajudar
Ele bradou na aldeia
Caô, caô!
E aqui vai bradar
Caô, caô
Ele é Xangô da predeira
Ele nasceu na cachoeira
Lá no Juremá!
Na região norte e nordeste do Brasil, o sincretismo considera São João Batista como Xangô menino, e muitos terreiros neste dia convocam a população para suas festas saindo em procissão nas ruas, levando a multidão para o local da festividade em homenagem ao santo.
São João, Xangô menino
Caetano Veloso / Gilberto Gil
Música cantada por Maria Bethania
Ai, Xangô, Xangô menino da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô, da fogueira de São João
Céu de estrela sem destino de beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô, da beleza e da razão
Viva São João,
viva o milho verde Viva São João, viva o brilho verde
Viva São João das matas de Oxossi Viva São João
Olha pro céu, meu amor, veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô, canto tanto canto lindo
Fogo, fogo de artifício, quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo Xangô, ah, São João, Xangô Menino
Viva São João, viva o milho verde Viva São João, viva o brilho verde
Viva São João das matas de Oxossi Viva São João
São João: o culto a São João é um dos mais antigos e populares.
A comemoração de inspiração católica dedicada a São João Batista é realizada na noite de 23 para 24 de junho (solstício de inverno no hemisfério Sul), a festa é assinalada por comidas e bebidas típicas (pipoca, canjica, pé-de-moleque, quentão, etc) e por fogueiras, danças, brincadeiras, queima de fogo, etc.
Xangô: orixá do culto afro-brasileiro.
São João Batista no mandeísmo.
João Baptista é venerado como messias pelo mandeísmo.
São João Batista na umbanda
Na umbanda, religião afro-brasileira, este santo é sincretizado como uma das manifestações do orixá Xangô e é responsável nesta crença, por um agrupamento de espíritos que trabalha com a saúde e o conhecimento, chamada de Linha do Oriente, por congregar além de médicos e cientistas, hindus, muçulmanos e outros povos.
São João Batista no islamismo
São João Batista também é reverenciado pelos muçulmanos como sendo um dos seus profetas.
São João Batista no espiritismo
No espiritismo, a volta de Elias como João Batista é interpretada como sendo através da reencarnação; a decapitação de João Batista sendo uma espécie de punição ( comparada ao que outros por outros segmentos de filosofia espiritualista chamariam de karma) por ele ter, como Elias, massacrado os profetas de Baal.
Texto de Walkyria Rennó Suleiman - Fonte - http://walkyria-suleiman.blogspot.com/2010_06_01_archive.html
João Baptista é venerado como messias pelo mandeísmo.
São João Batista na umbanda
Na umbanda, religião afro-brasileira, este santo é sincretizado como uma das manifestações do orixá Xangô e é responsável nesta crença, por um agrupamento de espíritos que trabalha com a saúde e o conhecimento, chamada de Linha do Oriente, por congregar além de médicos e cientistas, hindus, muçulmanos e outros povos.
São João Batista no islamismo
São João Batista também é reverenciado pelos muçulmanos como sendo um dos seus profetas.
São João Batista no espiritismo
No espiritismo, a volta de Elias como João Batista é interpretada como sendo através da reencarnação; a decapitação de João Batista sendo uma espécie de punição ( comparada ao que outros por outros segmentos de filosofia espiritualista chamariam de karma) por ele ter, como Elias, massacrado os profetas de Baal.
Texto de Walkyria Rennó Suleiman - Fonte - http://walkyria-suleiman.blogspot.com/2010_06_01_archive.html
Carater espiritual da Época de São João
" Estamos entrando no inverno… o clima é frio, a noite chega mais cedo e se torna mais longa , temos vontade de voltar logo para casa e ficar bem quentinhos. Tudo favorece ao recolhimento, a interiorização, uma busca para dentro de nós mesmos.
A natureza também se recolhe e guarda suas forças no íntimo da terra para desabrochar novamente na primavera. Todas as sementes no inverno esperam na terra a luz solar, para brotarem com força depois do recolhimento. Assim, na época Romana a Terra vivia um grande recolhimento, um momento de secura de vida a espera pela luz de Cristo, que seria anunciada por São João. Pois a Terra naquela época vivia um grande inverno.
Nesse ambiente introspectivo e com os corações aquecidos, começamos a nos envolver com caráter espiritual da Época de São João.
João Batista nasceu no dia 24 de junho. Filho de Zacarias e Isabel, desde criança foi preparado para a vida sacerdotal. Sua vida foi dedicada a oração e penitência e sua missão foi anunciar a vinda de Cristo. João falava às pessoas da importância de se prepararem para a chegada do filho de Deus.
Todos que buscavam o arrependimento e a conversão eram batizados nas águas do rio Jordão por João Batista. A convicção de sua missão levava muitas pessoas a confundi-lo com o próprio messias, mas ele, dizia imediatamente: “Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele.” (Jo 3, 28) e “não sou digno de desatar a correia de suas sandálias.” (Jo 1, 27)
Jesus também veio para ser batizado por João. “No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o espírito em forma de pomba sobre ele;” (Mc 1, 10). “E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti ponho minha afeição.” (Mc 1, 11)
João veio ao mundo para preparar o coração dos homens para o advento do Cristo. Ele representava uma era que estava terminando, que não poderia mais existir a partir do momento em que Jesus se tornou Cristo. Quando pregava o arrependimento, ele queria mostrar que o ser humano precisava buscar uma nova consciência para poder viver uma nova era – a possibilidade individual de cada ser humano encontrar conscientemente o caminho da espiritualidade.
João sabia que sua missão, bem como a Era que representava, havia terminado quando disse aos seus discípulos: “importa que ele cresça e eu diminua.” (Jo 3, 30)
Assim, na festa de São João a simbologia da fogueira, nos remete a lenha que se consome, ou seja, que diminui para que as labaredas cresçam. Aproveitar para fortalecer o fogo divino e transformador que temos dentro de nós deve ser então a verdadeira motivação para a época de São João. "
Texto Por Silberto Azevedo - Fonte - http://walkyria-suleiman.blogspot.com/2010_06_01_archive.html