quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Imagens na Umbanda

Imagens na Umbanda

Isto caracteriza idolatria?

Essa é uma das principais dúvidas dos umbandistas, e um dos pontos em que mais somos criticados.

Por isso esclareçamos: a Umbanda não adora imagens, pois sabe perfeitamente que são apenas objetos confeccionados pelas mãos de artesãos ou fabricantes de artigos religiosos. Idolatrar significa reconhecer em uma imagem a própria divindade, atribuindo a ela poderes sobrenaturais. Nenhum umbandista esclarecido acredita que uma imagem tenha vida própria, e se as mantém em seus Congares (Altares), é por mera veneração, respeito e para ter alguma fonte de inspiração, quando precisam se concentrar para entrar em sintonia com a vibração dos Orixás ou Guias Espirituais.

No atual estágio evolutivo em que o homem se encontra, é extremamente difícil para ele abstrair totalmente os seus pensamentos, precisando de modelos materiais que lhes ajudem a "plasmar", no campo mental, as suas manifestações de fé. As imagens, mesmo que bastante imprecisas, conforme atestam inúmeros videntes, atingem de certa forma este objetivo, ajudando os fiéis a contatar Jesus, a Mãe Santíssima, os Luminares, e os seus Mentores Espirituais, nas suas preces e durante os trabalhos espirituais, ou mesmo no ato de fazer uma simples oração. Isso, aliás, não ocorre apenas na Umbanda: no catolicismo, no budismo, no hinduísmo e até mesmo no Kardecismo, haja vista que muitos centros mantêm nas paredes retratos de Jesus, Bezerra de Menezes, André Luiz etc. Não seriam estas gravuras também imagens religiosas? E nos Templos Evangélicos, não existem representações de cruzes, passagens da Bíblia ou da própria Bíblia?

"Retirai a trave que obscurece teus próprios olhos, antes de enxergar o cisco nos olhos alheios" - Jesus de Nazaré.

Retirado do site do C. E. Urubatã

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Xangô

5º Raio – Harmonia e Justiça – XANGÔ / IANSÃ

O poder que enfeixa esse Orixá traduz-se na balança da justiça que ele usa com discernimento e propriedade, a fim de dirimir, punir faltosos e reconhecer méritos daqueles que os têm. Sendo agente direto do carma, sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas, auxiliado por Iansã, cuja sentença é: Ciência e Determinação.

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.

Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, ele se polariza com Iansã, equilibradora e cumpridora da Lei.

A presença do Orixá Xangô na vida dos seres realiza o equilíbrio e com seu fogo elétrico implanta a razão como fonte de discernimento harmonioso face a evolução.

Xangô é a força que segura e defende os seres, à luz da misericórdia divina. A Justiça personificada por Xangô tem como escopo equilibrar os seres debaixo das Leis Divinas, para o que este Orixá se coloca como pedra de segurança e defesa dos filhos de Deus que aceitem a busca do crescimento e da vivência do amor.

Como Ogum, também Xangô se manifesta nos diversos campos naturais, em busca dos seres para equilibrá-los justificá-los, à luz da Lei de Deus. Assim vejamos os nomes místicos que assumem os Mensageiros de Xangôs, quando vibrados pela presença desse grande Orixás nos diversos campos naturais:

1 – No Ar = Xangô Alafim (Nos Campos de Oxalá)

2 – Na Água Salgada = Xangô Marinho (Nos Campos de Iemanjá)

3 – No Fogo = Xangô Djacutá (Nos campos de Ogum e Ibeji)

4 – Nas Matas = Xangô 7 Montanhas (Nos Campos de Oxossi e Ossãe)

5 – No Fogo Elétrico = Xangô Kaô (Nos Campos do próprio Xangô e Iansã)

6 – Na Água Doce = Xangô das Cachoeiras (No Campo de Oxum e Oxumare)

7 – Na Terra = Xangô Agodô (Nos Campos de Obaluayê/Nanã)

Meu pai Xangô, o senhor que é rei da justiça, olhai a todos que imploram a vossa proteção e a vossa bênção. Que do alto de sua pedreira nos mandeis a faísca de um raio luminoso, a fim de podermos tratar com serenidade e com a mais pura justiça os nossos semelhantes.

Faça valer sempre a vontade Divina, purifique minha alma nas águas de sua cachoeira. Se errei, conceda-me a luz do perdão. Faça de seu peito largo e forte meu escudo para que os olhos de meus inimigos não me encontrem. Permita, Pai, que eles não atinjam meu corpo nem minha alma.

Empresta-me sua força de guerreiro para combater a injustiça e a cobiça. Que eu não faça e nem sofra injustiças.

Clamo, Pai, para que a justiça divina seja feita para todo o sempre. Proteja-me, senhor do fogo e da vida, para que não me falte a coragem, a alegria de viver, a fé e a caridade.

Ó senhor do machado sagrado! Peço que o meu coração seja puro e que tenha a força das rochas que sempre estão sobre o seu domínio. Abençoe-me, grande Orixá, ensina-me a ser bom e justo, instruí-me a amar meus semelhantes tanto quanto Pai Oxalá me ama.

Conceda-me a graça de receber sua luz e sua proteção.

Minha devoção te ofereço!

Kaô Xangô, Kaô!
 
Fonte: Cabana do Caboclo Rompe-Mato, SP.
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