A
palavra prece vem do latim precari e significa: rogar, pedir com
seriedade, suplicar, implorar. Por definição, a prece implica rogativa
de cunho elevado. Não podemos, portanto, utilizá-la visando ao malefício
de alguém, visto que isso já deixaria de ser uma prece. Os Espíritos
elevados realizam a prece com muita eficiência. Jesus era visto orando,
seguidamente, momento em que ele se ninbava de luzes fulgurantes.
Por
esta razão os estudiosos dos efeitos da prece asseveram que ela ainda
não foi valorizada suficientemente pelo homem. É um elemento importante
desse, capaz de mobilizar energias de alta frequência a nosso favor. O
professor Barry Ulanov, falando a respeito deste assunto afirmou: “a
prece é a linguagem mais fundamental, primordial e importante que os
seres humanos falam”. Diz, ainda, que “é pena que poucos a utilizem com
eficiência essa linguagem que transcende os condicionamentos terrenos. A
nossa sociedade ainda não tem noção da importância dos valores morais
da vida”.
O
Dr. Larry Dossey, chefe da equipe médica do “Human Medical City Dallas
(EUA)”, e autor das obras “As Palavras Curam” e “Reencontro com a Alma”,
apresentou um estudo sobre a prece e chegou a interessantes observações
a respeito desse tema, a seguir:
1. A prece não é local
– o que significa que ela não está confinada a um local específico no
espaço e nem a um momento específico no tempo. A prece atinge distâncias
incomensuráveis dentro e fora da nossa realidade existencial. Atua
igualmente fora do momento presente. Significa dizer que a prece produz
efeitos significativos nos diversos planos da realidade humana, ou seja,
no físico e no espiritual. Dependendo do teor força (frequência) do
emitente, ela produzirá efeitos significativos na saúde orgânica e
espiritual do indivíduo. O autor abre, então, a possibilidade de que
algo em nós é infinito no espaço e no tempo. Esse algo nada mais é do
que o Espírito Imortal.
2. A prece tem raízes no inconsciente
– as energias do inconsciente são poderosas e quando conseguimos
acessá-las em nosso benefício, elas produzirão efeitos extraordinários.
Um Espírito educado irá produzir um inconsciente equilibrado, e este
agirá em seu proveito.
3. Doença e Saúde
- é o meio pelo qual o organismo se liberta de matéria estranha. Isso
significa que a doença está nos querendo dizer alguma coisa, trazendo
significados e mensagens do interior para nós. Curam-se os que não
exigem a cura, porque eles oram com confiança e serenidade. Convém
explicar que, ultimamente, a prece e as chamadas curas espirituais, tem
sido um meio de exploração por alguns seguimentos religiosos, que visam
mais o dinheiro das pessoas necessitadas. Neles, a prece não cura. Todo o
interesse está em volta da obtenção dos valores materiais desses
enfermos.
4. Atitudes
- no ato da prece deveremos estar em estado de aceitação espiritual,
gratidão, postura aberta diante da vida, sentimento de amor, perdão,
confiança. Deve-se evitar fazer a prece agressiva de vigorosa súplica
(aquela considerada para afastamento de espíritos, chamada por algumas
denominações de demônios). O demônio não existe. Existe, sim, o espírito
ignorante, que afastado com a violência verbal, magnética, fica mais
revoltado e retornará, na primeira oportunidade a perturbar o seu
desafeto. A melhor técnica que os Espíritas utilizam é o afastamento
pela educação espiritual da entidade e, ao mesmo tempo, a educação do
enfermo. Esta técnica é, também, usada para erradicação de doenças,
porque isso retira as emoções negativas (ansiedades, etc). A prece deve
ser serena, cheia de paz e fé.
5. Estado de prece permanente
- conta-se que Isaac, o sírio, dizia que se pode orar mesmo dormindo; e
estas são as preces mais eficientes, porque as coisas do consciente
diário não atrapalham. Ampliando-se a prece várias vezes ao dia,
estaremos transportando-a para o nosso inconsciente até que ela faça
parte dele.
6. Nas obsessões
- Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, diz que a prece é o mais
poderoso antídoto contra as obsessões, justamente porque ela modifica os
fluidos que envolvem as pessoas. As pessoas quando oram trazem consigo
inalienável couraça vibratória de proteção. É comum as pessoas orarem
quando estão enfermas ou quando sofrem influências espirituais, mas
quando melhoram, relaxam. Tornam-se invigilantes e entram novamente nas
faixas vibratórias do perigo.
Finalmente,
lembrando das inesquecíveis palavras do Cristo, “Vigiai e Orai”. E,
realizada a prece com sinceridade e desinteresse, ela representa para o
ser humano uma significativa defesa mental, emocional, sentimental e
espiritual, gerando paz e saúde em nossos dias.
João Batista Cabral – Presidente da ADE-SE
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