terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Oxossi e Caboclos

Oxossi detém o poder de criar, manter e transformar a fauna e flora do Planeta, por meio das energias poderosas emanadas do Criador, que se expande na dinamização do Conhecimento humano, abrindo de forma harmoniosa e equilibrada o raciocínio humano para a apreensão dos valores sábios e verdadeiros, elevando-os a estados cada vez mais espiritualizados, distantes da ignorância, do fanatismo e da desordem da razão.
Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do espírito a caminho da Casa do Pai.
A Umbanda sincretiza esta Vibração Sagrada com a imagem de São sebastião e celebra sua festa no dia dedicado a este santo.
Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico, emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar, servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações magísticas.
As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e perispirituais.

CABOCLOS

A Vibração de Oxossi dirige e conduz, do Alto, a grande Linha de Trabalhadores Espirituais de Umbanda que recebem o nome místico de Caboclos. Embora essas Entidades espirituais tenham suas vibrações próprias, como espíritos individuais que são, estão todos reunidos em falanges que se abrigam sob a Linha Vibracional do Orixá Oxossi, daí ser a festa em homenagem a esse magnânimo Orixá, também a Festa dos Caboclos de Umbanda.
Os Caboclos são espíritos que adentram ao trabalho do movimento umbandista assumindo, em sua maioria, a roupagem fluídica de índios, cuja vibração polariza-se o mesmo Oxossi. Denominamos de Vibração de Oxossi pura. Na Linha de Caboclos vamos encontrar também as Entidades que assumem roupagens espirituais voltadas à cultura brasileira, mas no sentido da inclusão das classes sociais abandonadas e excluídas, são os Caboclos Boiadeiros que polariza a vibração de Oxossi com a energia vibrada dos ventos e campinas de Iansã; os Caboclos Marujos que polarizam a vibração de Oxossi com a energia das águas salgadas e doces de Iemanjá e Oxum; e os Caboclos Baianos, polarizando a Vibração de Oxossi com o poder transformador de Obaluayê, todos eles trabalhando na sua Vibração individual, mas sob a tutela da Linha Vibracional ativa de Oxóssi.

Fonte: Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz

domingo, 13 de janeiro de 2013

Os Pontos Cantados e Seu Significado

Um dos fundamentos de vital importância para harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas). 

Em tempos imemoriais, o Homem materialista é ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações. Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior. A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou-se Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico. Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás de um ponto (curimba) que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas. A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes (Orixás). Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pelo ponto cantado (curimba) deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos). No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe. Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas. Cantam pontos (curimbas) por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pombagira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais... Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam. Vimos pelo acima exposto que os pontos (curimbas), por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Crianças , Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pontos Riscados

Os pontos cabalísticos riscados com Pemba de calcário representam uma grafia de projeção bidimensional de símbolos que se revestem de todo poder mágico, que as forças cósmicas lhe oferecem. Muitos tentaram, mas não conseguiram mostrar os fundamentos ocultos da lei de Pemba, ou dos pontos riscados. É por isso que não se pode copiar e nem interpretar tais pontos. Só a umbanda sagrada pode fazê-lo justamente por ser escritas por Guias, que evocam os sagrados orixás e sabem o significado do que fazem.

CONCEITOS DE PONTOS RISCADOS:
Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento para os trabalhos magísticos efetuados para entidades, afinal de contas ele possui um grande significado e valor mágico. Na verdade é o selo, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força onde o instrumento utilizado pela entidade em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificado a quem ela se subordina, nem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto. Pode-se afirmar que a Pemba e um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba e confeccionada em calcário e modulado em formato ovóide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas.

Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo espiritual, eles identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos iniciáticos da falange. Quando são traçados sem conhecimentos de causas, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados é magia, então para se utilizar deles é necessário o devidos conhecimentos. Riscar um ponto de traz para frente é inverter ou perverter a força da magia. Então não basta ver um ponto no livro para riscá-lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar as conseqüências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de forças e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabara de provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros. Um ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, Marafo (pinga) Fundanga (pólvora) Azeite, com o ponteiro na areia ou até mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza a pólvora ou pinga com autorização superior. Quanto ao uso da Pemba, estudo o sentido e o valor das cores, só utilize a Pemba preta aquele que foi autorizado para tal. No umbanda o mais usual é o trabalho com a Pemba branca, azul, verde e amarela, também é usual a cor derivada do vermelho. Lembrem mais uma vez que todo ponto riscado é magia, com todo significado da sua grafia e ondas vibratórias. Por exemplo, a suástica como símbolo sagrado, cujas utilizações dadas há tempos imemoriais, símbolo este utilizado mesmo pelos Papas da religião católica, teve suas ondas invertidas pelo pseudo-arianos e como símbolo, acobertou e direcionou a Segunda Guerra Mundial. Outro símbolo também muito conhecido e adotado como símbolo de alta magia é a conhecida estrela de Davi, ou a estrela de seis pontas, que hoje sabemos através do conhecimento revelados aos Umbandistas, tratar-se da estrela do equilíbrio, ou seja, estrela do trono da justiça de Deus, que o nosso divino pai Xangô-yê.

É interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos o Babalorixá cruzar seu corpo com Pemba. Isto representa a escrita divina, através da magia para chamar a razão à entidade obsessora, a fim de que ela possa conhecer através deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar este filho que ate então obsidiava. Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvida, que sem os pontos riscados nada de poderia fazer com seguranças, Comentários finais: O gue é uma bandeira, senão o símbolo de uma nação. O que é um rubrica, uma assinatura, se não a representação gráfica de um homem, ou mesmo de uma entidade? >Assim o ponto riscado, é o Brasão, a Bandeira, o cartão de visitas da entidade espiritual manifestante no umbanda. Irmão umbandista pratique a magia com sabedoria, pois ao utilizar a magia contra alguém, muitas criaturas poderão ter suas vidas prejudicadas, pois mesmo sem atingir o alvo, a lei do retorno é inevitável.

Fonte Nossa Umbanda  http://www.fortunecity.com/

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A Umbanda como instrumento de ascenção

Quando falo de Umbanda como religião, sinto certo conforto e alegria, pois a encontro como um dos meios usados por Deus e plasmado pelos responsáveis pelos caminhos religiosos no plano encarnatório, para nos conduzir à nossa finalidade última e essencial que é o nosso Criador. Basta que se olhe ao redor para sentir como os seres humanos estão ansiosos e, muitas vezes perdidos, numa inquietação que muitas vezes os leva a atitudes e a fugas nem sempre dignas, numa busca contínua de auto-afirmação, de aplausos sobre si mesmos, de exteriorizações que custam caro face aos desentendimentos e dissensões que levam, a mais e mais, se sentirem sós e carentes de algo que quase sempre não sabem a explicação.

Santo Agostinho, em seu livro “Confissões”, chega à conclusão filosófica perfeita ao dizer a Deus: “Senhor, nos criastes para Ti e nosso coração só encontrará descanso quando retornarmos a Ti”. Vejo a Umbanda com seus rituais e cultos apenas como mais um instrumento a ensinar aos homens como realizar esta volta para Deus.

A Umbanda exteriorizada, com festas e incorporações apenas, não leva ninguém a Deus. Ela só se torna uma religião quando tudo isto tenha como meta a realização espiritual. A verdadeira caridade a que a Umbanda se propõe é a implantação, nas vidas, do “Reino de Deus”, ou seja, do caráter interior de reforma intima à luz do Evangelho de Jesus. Alguns dizem: "...mas os Guias fazem caridade incorporados, limpam feridas, e outras exterioridades a que muitos chamam de caridade". Não é não. Estas coisas são exteriorizações, na maioria das vezes encenadas por médiuns, para que seja visto pela assistência e elogiado pelos outros, mas não transformam as vidas dos médiuns e dessa própria assistência, pois, na maioria das vezes fica só nisso, satisfazendo “egos” e usando o nome da caridade para atos externos.

É Jesus quem diz: “o que a tua mão direita faz, que a tua esquerda não o saiba”, e os Mentores para trabalharem não necessitam de encenações externas e sim de médiuns doutrinados, evangelizados, que levem no escondido e interno de uma consulta, as curas dos males físicos, mas, principalmente a cura dos males espirituais pela terapia do evangelho.

É incrível como a Bíblia Sagrada tem um texto que se encontra no centro da mesma Bíblia, ou seja, no ponto central que a dividiria ao meio, uma frase que precisamos trabalhar com ela para não nos decepcionarmos, como fazemos continuamente, face à nossa confiança mal direcionada. Se buscarmos esse centro, estaremos no Livro dos Salmos, precisamente no Salmo 118, em seu versículo 8 que diz: “É MELHOR CONFIAR NO SENHOR DO QUE CONFIAR NO HOMEM”.

Aí está a sabedoria, os homens nossos irmãos são nossos irmãos, caminhantes conosco para o mesmo fim e destino, a ilusão da matéria nos remete, face à nossa carência de realização pessoal, a confiar nos valores humanos em detrimento dos valores divinos e aí, acabamos sempre dando com os “burros n’água”.

A Umbanda é a religião do amor, mas do amor de Deus. É a religião da caridade, mas da caridade evangélica. Tudo o mais é pura vaidade e descaminho dos verdadeiros objetivos e valores trazidos pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas ao implantar a Umbanda no Brasil, que ao lado das proibições: não matar, não cobrar, deixou clara a função de evangelizar.

Seria tão bom que todos os Umbandistas ao entronizarem a imagem de Jesus nos seus Congares, vissem ali a imagem do Cristo, “Caminho, Verdade e Vida”, aquele nos pode salvar e dar a paz. Seria tão bom que essa imagem fosse um convite contínuo à leitura, meditação e vivência do Evangelho. Seria tão bom que essa imagem fosse o símbolo do “Divino Oxalá”, ou seja, do Divino Senhor da Luz – “Eu Sou a Luz do mundo. Quem me segue não anda nas trevas”. Seria tão bom não ser simplesmente confundido com um dos Sagrados Orixás, aquele do 1º Raio, que cognominado de Oxalá, recebe, pela vibração da fé e da religiosidade, as energias do coração desse Cristo Cósmico a serem distribuídas para todos os outros Raios.

Esse é o verdadeiro culto aos Sagrados Orixás, que não são criações imaginárias e mitologias tão comuns em determinadas culturas, fruto dos arquétipos individuais e coletivos. Os Orixás cultuados pela Umbanda são os Senhores do Cosmo, os Agentes Divinos ou Engenheiros Siderais que comungando com Deus assumem, em Seu Nome, a função de criar, manter e transformar o universo e, portanto, também o nosso Planeta em suas diversas dimensões, e mais ainda, são condutores da Vida Divina por meio das Qualidades ascensionais que reconduzem a humanidade de volta ao seio Divino.

Cultuar Orixá não é apenas oferendá-los, mas, muito mais, é se deixar envolver pelas vibrações sagradas, caminhando pela estrada aberta por eles, em direção ao mais Alto, que são as Qualidades Divinas a serem exercitadas e vivenciadas.

Falar de Oxalá é falar da vivência da Fé, da Religiosidade, da Devoção pura e amorosa a Deus. É a vivência do Mandamento Maior preconizado em todo o Livro Sagrado: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mat. 22,37). Essa é a Qualidade essencial e função específica do 1º Raio, trazida pelo Orixá Oxalá: levar a todos o caminho desse amor incondicional e confiante no Deus Amor e Pai.

Banhado nesse amor e nessa religiosidade vêm os outros Orixás regendo os demais Raios com seus caminhos teologais: Iemanjá com a geração da vida que deve ser renovada e recriada constantemente em nós, fechando e abrindo novos ciclos na escada do aperfeiçoamento. Ogum e Ibeji, com os caminhos da Lei e da luta, da guerra contra nossos inimigos, que são nossos defeitos e imperfeições. Oxossi e Ossãe, com o livro da natureza nos apontando os caminhos do conhecimento pelo esclarecimento maior, pela arte, pela prosperidade (da-nos, hoje, o pão de cada dia). Xangô e Iansã nos caminhos da Justiça, do equilíbrio e da harmonia. Justiça misericordiosa e equilíbrio de nossas emoções. Oxum e Oxumare, nos caminhos do amor, da fraternidade, da relação sadia e equilibrada, purificada das sensações, sensualidade e paixões ilusórias e aprisionadoras. Obaluayê e Nanã nos caminhos da purificação e da sabedoria, decantando pelo carma as nossas vidas, transformando o mal que criamos no bem que existe em nós, como centelhas divinas. Os caminhos de Obaluayê no 7º Raio são os caminhos da cura física, como limpeza do mal, e da cura espiritual, despertando-nos, pelo Carma, lei de causa e efeito, para a grande realidade de nossa essência, que é a busca e o encontro do Divino.

Esses Raios, regidos pelos Sagrados Orixás, nos levam à verdadeira caridade e sabedoria para vivenciarmos o segundo mandamento preceituado por Jesus, e que está atrelado ao primeiro, que é: “E o segundo mandamento, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mat. 22,39).

Por tudo isso a Umbanda é religião, pois a sua função primordial é despertar em nosso ser as Leis Divinas já nelas esculpidas e abafadas pela matéria ilusória, instrumento de nossa individualização e aperfeiçoamento.

A presença da imagem de Jesus nos Templos Umbandistas deve ser o sinal e a lembrança, para seus sacerdotes e médiuns, de que ali estão única e exclusivamente para se unirem ao “verdadeiro” trabalho dos “verdadeiros” Guias, que é a de apontar o Cristo, como único capaz de curar, salvar e consolar, fazendo com que todos os que busquem amparo nesses mesmos Templos possam escutar em seus corações as palavras do Senhor quando diz no Evangelho: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sob vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mat. 11,28-30).
Pai Valdo(Sacerdote Dirigente do T. E. do Cruzeiro da Luz - RJ)
Boletim informativo da Cabana do Caboclo Rompe Mato
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