Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga grande e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão. Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de marés tortuosas, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.
As giras de Marinheiros são bem alegres e descontraídas. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Chegam zonzos com a impressão de que o chão está se mexendo e que vão cair, o que isso seguramente não acontece. Isso se dá devido ao seu magnetismo aquático, e é exatamente nesse momento que eles realizam seus maiores trabalhos, pois é nesse momento de descontração, de liberdade e de alegria que eles podem buscar formas de pensamentos, seres espirituais negativos, etc, alimentados por nós, devido ao nosso pessimismo e intolerância.
Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas, são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou a procura de alguém, de um “porto seguro”.
Alguns Marinheiros eram exus que hoje trabalham na Linha dos Caboclos, na força do mar, buscando e quebrando demandas jogadas ao mar, o grande cemitério. Fazem grandiosos trabalhos de descarrego tanto nos consulentes como no terreiro, sendo uma linha muito forte de limpeza. Alguns são espíritos que, em alguma encarnação foram marujos, guardas-marinhos, pescadores e capitães do mar. São verdadeiros curadores de alma e até das doenças físicas, afinal devido às suas experiências em alto mar possuem muito conhecimento sobre a medicina popular.
Os Marinheiros trabalham na linha de Oxalá, Iemanjá e Oxum (povo d’água) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança.
A ÂNCORA, símbolo dos Marinheiros, representa a Esperança e a Segurança.
Salve o Povo D’água! Salve a Marujada! Salve os Marinheiros!
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