Este
foi o segundo Oratório que finalizei, feito a pedido do amigo Elvis
Paschoal, um Filho de Oxum. Para este, utilizei um oratório em MDF; com
um corte diferente do outro, de São Jorge, pintei com tinta acrílica
brilhante branca e rosa, decorei com rosinhas de tecido, strass
sintético, pistilos, lacinho de cetim em forma de borboleta e pingentes
cromados em formato de Oxum (do Candomblé) e de Abebè, o espelho que é
tanto símbolo e ferramenta de Oxum quanto de Yemanjá, com a diferença
que para uma há uma flor impressa e para a outra, uma estrela de cinco
pontas.
Abaixo segue um texto de minha autoria, escrito e publicado inicialmente no Blog PatriciaDo, sobre a Orixá Oxum e seus sincretismos com várias Nossas Senhoras, especialmente Nossa Senhora da Conceição ;)
*****
Oxum
é a mais amorosa das Yabás, tanto que é considerada a Orixá do Amor e
da Benevolência. É também considerada a mais bela dentre as Orixás.
É a senhora das Águas Doces, dos rios e cachoeiras, que são seu Campo Santo de atuação, cuja vibratória é a do Elemento Hídrico.
Considerada
a Deusa da Riqueza e da Fartura, todos os metais dourados a pertencem,
especialmente o ouro, o mais nobre deles e o único a adornar uma rainha.
No sincretismo, Oxum é também a Nossa Senhora da Conceição,
sincretizada pela Umbanda praticada no Rio de Janeiro e demais estados
do Sul e Suldeste brasileiro. Na Umbanda da Bahia, Oxum é Nº Srª das
Candeias e Nº Srª Aparecida, ambas com fortes ligações com as águas.
Oxum está presente na concepção dos seres, na água que transporta a semente, na água que sustenta o feto no ventre da mãe. Ela está presente nas águas da chuva, nos rios, córregos e nascentes, e em tudo que houve água, pois Água é Vida.
No Candomblé, Oxum recebe nomes com grafias levemente alteradas, como Òsun, Oshun ou Ochun. Foi o rio Osun, que atravessa as regiões de Ijexá e Ijebu, na Nigéria, que emprestou o nome à Orixá, que é a rainha da Nação Ijexá, reconhecida nas religiões brasileiras de matrix africana Batuque e Candomblé.
No Candomblé Bantu, ela é a Senhora da Fertilidade e da Lua; no Candomblé Ketu, é a Deusa das águas-doces, da gestação e da fertilidade. Por essas qualidades, Oxum é muito recorrida pelas mulheres que querem engravidar ou para pedir amparo ao bebê durante a gravidez.
É Oxum que cuida e protege das crianças pequenas, até o momento que elas começam a falar, enquanto Yemanjá é a Orixá que auxilia no parto, "amparando a cabeça dos bebês".
Na Santeria, é chamada Ochún, sincretizada com Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba. A Santeria é tal qual a nossa Umbanda, um conjunto de sistemas religiosos miscigenados entre o catolicismo e a religião yorubá. Significa "Caminho dos Santos" e é praticada em Cuba, República Dominicana, Panamá e EUA onde há maior população de afro-descendentes e latinos-americanos. Também é praticado isoladamente no Brasil, sendo muito semelhante ao nosso Candomblé.
Oxum é uma Orixá da Mitologia Yorubá, dos povos dos yorubás, das regiões da Nigéria do Togo, Serra Leoa e República de Benin, no continente africano. Ela se ramifica em 16 qualidades que recebem os nomes das cidades por onde passa o rio Osun:
Oxum está presente na concepção dos seres, na água que transporta a semente, na água que sustenta o feto no ventre da mãe. Ela está presente nas águas da chuva, nos rios, córregos e nascentes, e em tudo que houve água, pois Água é Vida.
No Candomblé, Oxum recebe nomes com grafias levemente alteradas, como Òsun, Oshun ou Ochun. Foi o rio Osun, que atravessa as regiões de Ijexá e Ijebu, na Nigéria, que emprestou o nome à Orixá, que é a rainha da Nação Ijexá, reconhecida nas religiões brasileiras de matrix africana Batuque e Candomblé.
No Candomblé Bantu, ela é a Senhora da Fertilidade e da Lua; no Candomblé Ketu, é a Deusa das águas-doces, da gestação e da fertilidade. Por essas qualidades, Oxum é muito recorrida pelas mulheres que querem engravidar ou para pedir amparo ao bebê durante a gravidez.
É Oxum que cuida e protege das crianças pequenas, até o momento que elas começam a falar, enquanto Yemanjá é a Orixá que auxilia no parto, "amparando a cabeça dos bebês".
Na Santeria, é chamada Ochún, sincretizada com Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba. A Santeria é tal qual a nossa Umbanda, um conjunto de sistemas religiosos miscigenados entre o catolicismo e a religião yorubá. Significa "Caminho dos Santos" e é praticada em Cuba, República Dominicana, Panamá e EUA onde há maior população de afro-descendentes e latinos-americanos. Também é praticado isoladamente no Brasil, sendo muito semelhante ao nosso Candomblé.
Oxum é uma Orixá da Mitologia Yorubá, dos povos dos yorubás, das regiões da Nigéria do Togo, Serra Leoa e República de Benin, no continente africano. Ela se ramifica em 16 qualidades que recebem os nomes das cidades por onde passa o rio Osun:
( By Pat Kovacs - patkovacs.blogspot.com )
Os Orixás são apenas parte de um prova contundente do quanto a Mitologia Africana é vasta, riquíssima e muito profunda. Seja uma figura mitológica, seja uma Força da Natureza, seja um rio, seja um Espírito de muita luz que ascendeu à perfeição divina, Mamãe Oxum está presente, em essência, nos lares harmoniosos, nos relacionamento de afeição sincera, nos corações amorosos e abertos ao bom e ao belo. Oxum é Vida e Amor, e isso se traduz em riqueza e prosperidade.
Na cidade de Osogbo, na Nigéria, realiza-se anualmente o Festival de Osun, que existe desde tempos imemoriais da fundação da cidade, cuja história foi transmitida oralmente. Em Osogbo está o Templo de Osun, tornado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2005.
- OXUM ABALÔ é uma velha Òsun, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogun e Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.
- OXUM IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.
- OXUM ABOTÔ também uma velha oxun de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega abebe e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.
- OXUM OPARÁ ou APARÁ seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ògún, vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam juntos numa festa; leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor marrom avermelhado. É a Senhora da Espada.
- OXUM AJAGURA ou AJAJIRA , outra òsun guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô
- OXUM YEYE OKE, Oxun jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofa e erukere
- OXUM ÌPONDÁ é também uma òsun Guerreira ligada a Ibuálàmò. Yeye Pondá é rainda da cidade que leva seu nome Ìponda, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro e branco quando acompanha Oxaguiã.
- OXUM OGA é uma òsun velha e muito guereira, carrega abebe e alfange
- OXUM KARÉ é um osun jovem e guereira, ligada a Odé Karè, Logun edé.
- OXUM IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn.
- OXUM AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as iyamis, considerada a avó.
- OXUM OTIN - Osun com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa ofá e abebé.
- OXUM IBERÍ, OXUM IBEJI OU OXUM MENINA, OXUM MERIMERI - Oxun nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma oxun, dizem que era Oxum de Mãe Menininha do Gantois.
- OXUM MOUWÒ- Oxum ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das iyamís, veste-se de cores claras e usa abebé e ofange.
- OXUM POPOLOKUN - Oxum de culto raro, ligado aos lagos e lagoas.
- OXUM OLÓKÒ OU OXUM DÔCO - Oxum guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço. (Fonte: Blog Umbanda, Reino da Paz.)
Ligações esotéricas:
Dia: Sábado;
Data: 8 de dezembro;
Metal: latão e ouro, o bronze e o cobre;
Cor: amarelo;
Partes do corpo: todo o rosto, o baixo ventre, o baço; às vezes o coração; patrona do ventre; a terceira visão e a circulação sanguínea (os rios);
Comida: omoolocum e banana fritas;
Arquétipos: calmos, carinhosos, desprendidos, vaidosos, volúveis, altruístas, sonhadores, muito elegantes apaixonados, por jóias, perfumes e vestimentas caras; símbolo do charme e beleza, sensuais, porém reservados, evitam chocar a opinião publicar à qual dão grande importância; sob sua aparência calma e sedutora, escondem uma vontade muito forte, um grande desejo de ascensão social.
Símbolo: abebê (leque feito de metal dourado).
(Fonte: Ile Ase Ode Nire)
Os Orixás são apenas parte de um prova contundente do quanto a Mitologia Africana é vasta, riquíssima e muito profunda. Seja uma figura mitológica, seja uma Força da Natureza, seja um rio, seja um Espírito de muita luz que ascendeu à perfeição divina, Mamãe Oxum está presente, em essência, nos lares harmoniosos, nos relacionamento de afeição sincera, nos corações amorosos e abertos ao bom e ao belo. Oxum é Vida e Amor, e isso se traduz em riqueza e prosperidade.
Ora iê iê ô ! (em yorubá)
Salve a Senhora da Bondade!
Salve a Senhora da Bondade!
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