domingo, 11 de novembro de 2012

ELUCIDAÇÕES SOBRE A PRECE

A prece dinamiza os anseios sublimes que, em estado latente, já existem na intimidade do Espírito imortal. O homem na verdade, como futuro anjo, quando se devota à oração, exercita-se num treino devocional que o põe em contato com os espíritos de hierarquia angélica. Toda prece fervorosa e pura, recebe do Alto a resposta benfeitora, a sugestão mais certa e, também as energias psíquicas que sustentam o próprio corpo carnal.

É um dos recursos eficientes que eleva e reorganiza a harmonia "cosmo-psíquica" do homem, pois abranda as manifestações animais instintivas, afasta os pensamentos opressivos, dissipa a melancolia, suaviza a angústia e alivia o sofrimento da alma. Embora o homem nem sempre se aperceba dos efeitos positivos e benfeitores que recebe por intermédio da oração, ele retempera suas forças espirituais e se encoraja para enfrentar com mais otimismo as vicissitudes e os sofrimentos próprios da existência terrena, pois mobiliza esse potencial criador da Vida, que aproxima o homem do ideal da Angelitude.

Figurai a prece como um detonador psíquico que movimenta as energias excelsas adormecidas na essência da alma humana, assim como a chave do computador dá passagem, altera ou modifica as correntes das vossas instalações elétricas.

Sem dúvida, a capacidade de aproveitamento do homem durante o despertamento dessas forças sublimes pelo impulso catalisador da oração depende tanto do seu grau espiritual como de suas intenções. Aliás, o espírito ao liberar suas energias no ato da prece, ele melhora a sua frequência vibratória espiritual, higieniza a mente expurgando os maus pensamentos e libera maior cota de luz interior.

Daí o motivo por que alguns santos purificaram-se exclusivamente pelo exercício da prece, enquanto outros só puderam fazer pelo treino do sofrimento. Em ambos os casos, a purificação é fruto da dinamização das forças espirituais na intimidade do ser, embora varie quanto ao seu processo. No primeiro, é um procedimento espontâneo catalisado pela prece; no segundo, em decorrência do exercício da dor. Por conseguinte, o homem também se purifica pelo hábito constante dos bons pensamentos, pois estes mantêm no campo vibratório de sua mente um estado espiritual tão benéfico como o que se produz nos momentos sedativos da oração.

No entanto, se a criatura se descura da prece, ou seja, deixa de "orar e vigiar", eis que então, a dor se encarrega de ativar as reações morais necessárias para, mais tarde, libertarem-na compulsoriamente do guante do mundo animal.

Nenhum auxílio é tão salutar e eficiente para manter o equilíbrio moral do Espírito, como o hábito da oração, pois a criatura confiante, sincera e amorosa, religa-se a Deus."

RAMATIS – ELUCIDAÇÕES DO ALÉM

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