Em reduzido grupo íntimo, numa sessão de estudos doutrinários e prática mediúnica, alguém sugere que se fale do carnaval.
- É uma festa perniciosa – comenta o senhor Cerqueira (...) – (...) autêntica loucura coletiva.
- Ora, ora, não exageremos – responde um dos companheiros – afinal, é uma festa do povo.
(...) Pela psicofonia mediúnica manifesta-se Celino, dedicado orientador do grupo:
- (...) Devemos considerar (...) que em base de simples argumentação, sempre conseguiremos justificar, perante nós mesmos, qualquer comportamento, seja o adultério, a violência, a injúria, a mentira, a guerra e também o carnaval. (...) Por isso, muito mais importante de que deve ou não fazer, é o nosso empenho em nos ajustarmos aos padrões éticos do Evangelho, que exprime, em síntese, o comportamento mais adequado.
(...) Então (...) (o) interesse será aproveitar melhor as horas de folga desses dias, seja emprestando seu concurso numa entidade socorrista, seja compondo uma equipe de trabalho a famílias necessitadas, seja participando de grupos de estudo em torno de problemas comunitários, sociais ou doutrinários...
Essas iniciativas lhe permitirão, de uma forma muito mais eficiente, superar tensões, sem os riscos da inconseqüência, e de desfrutar de alegria autêntica, sem dramas de consciência e sem ressacas na quarta-feira.
(...) Toda discussão envolvendo problemas de comportamento não modificará um centímetro nossas tendências, enquanto não partirmos para o campo decidido da ação.
Se o Evangelho é o guia de nossas vidas, não percamos tempo discutindo se devemos ou não participar dos festejos de Momo.
(Partes do texto de Richard Simonetti, do livro “Temas de Hoje, Problemas de Sempre” - o título foi adicionado aqui)
Duelo após o Baile de Máscaras (1857),
Pintura de Jean-Léon Gêrome.
Hermitage, São Petersburgo (Rússia).
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