quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O Carnaval sob a Visão Espírita 2

"Os três dias de Momo são integralmente destinados ao levantamento das máscaras com que todo sujeito sai à rua nos demais dias do ano. "

(Espírito Humberto de Campos através do médium Francisco Cândido Xavier, em Novas Mensagens)
Estudando as origens do Carnaval soubemos que essa festa está repleta de sentimentos atávicos inferiores quanto ao comportamento social. A começar pelo próprio nome. Alguns dizem que é fruto de um termo latino que significa “a carne nada vale”, pois que se trata de uma celebração que antecede sobretudo a Semana Santa, período em que seguindo as tradições do catolicismo se deve abster do consumo de carne vermelha (em respeito ao corpo de Cristo). Porém a ‘carne’ em questão é a humana, que é consumida nessa época dentro do contexto da satisfação dos prazeres materiais, ou seja, carnais, de acordo com a errônea idéia popular que diz ‘ser fraca a carne’.

Outros símbolos carnavalescos confirmam tal fato. O Rei Momo, por exemplo, é uma versão moderna da personificação do deus romano Baco, o qual desde aquele tempo era apresentado como sendo um homem obeso vaticinando fartura às colheitas. Também era a alegoria de outros excessos como a gula. O adjetivo ‘gordo’ foi então usado para designar alguns dias do festejo, como Domingo e Terça-Feira Gordas, simbolizando também as orgias “gastro-sexuais” dos bacanais.
Baco (1618-19), de Peter Paul Rubens.

Mômos ou Momus era o nome do deus romano da burla, do sarcasmo e da sátira (inclusive na literatura) e era personificado usando uma máscara e levando à mão um boneco simbolizando a loucura.

No Brasil, o consumo de álcool, drogas, a prática de diversos crimes e sexo irresponsável são incentivados e praticados durante o Carnaval mais do que em qualquer outra época do ano. Não somos contra o uso de preservativos, longe disso, porém a mais segura prevenção é a boa conduta perante o sexo. Há também o assustador número de acidentes automobilísticos nas rodovias, maior parte dos casos produzido pela bebida.

Apesar de toda sofisticação, o Carnaval de hoje continua carregando o primitivismo bárbaro do antigo Entrudo, quando pessoas atiravam nas outras pedras na falta de frutas e na ausência de farinha, cal (que nos olhos pode cegar). Felizmente, como todo comportamento que não acompanha a evolução ética e moral planetária, aos poucos se extinguirá.

Não cabe a nós julgar, proibir ou censurar, mas apenas dar bons conselhos, dos quais os principais são: salvaguardar e não desacompanhar os menores de idade, ser respeitoso e responsável quanto ao sexo, evitar abusos ao álcool, não usar drogas e respeitar o próximo.
 

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