quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Plano Astral, Parte 1 - Série Carlos Torres Pastorino


Apresentarei, em próximas postagens, textos extraídos do livro "Técnicas da Mediunidade", de Carlos Torres Pastorino, cuja obra mais conhecida e ao alcance de todos é o minilivro "Minutos de Sabedoria".

O livro em questão, "Técnicas da Mediunidade", foi escrito em  1969 e não é mais editado, portando para obtê-lo somente encontrando em sebos ou buscando o ebook na internet, que alguma boa alma escaneou e disponibilizou, vendo a dificuldade em encontrar o livro e a incerteza de haver, no futuro, nova edição. Caso seja do seu interesse ler esse livro, poderá fazer o download aqui. Está em formato zip, dividido em 5 partes no formato pdf.

O texto que terá início nesta postagem aborda o assunto referente ao Plano Astral, e será dividido em partes, para não sobrecarregar o post. No texto, Pastorino faz uma dissertação lúcida e comparativa aos textos védicos sobre os demais planos dimensionais, que são 7,  só para constar.

No livro, que o autor chama de Ensaio, é bastante didático, elucidando a respeito de vários assuntos ligados à mediunidade, desde o Plano Físico e as explicações do funcionamento da eletricidade, magnetismo, biologia, plexos, sistema glandular e sentidos, passando pelo Plano Astral, com seus chackas e as ligações como canais mediúnicos, até o Plano Mental.


Apesar do livro contar com mais de 40 anos de escrito, ele é atual em relação à textos e livros mais recentes.


@patkovacs.


Situação

Antes de penetrarmos no estudo do Plano Astral, em si mesmo, procuremos situá-lo em relação aos demais planos vibratórios.

Existe em nosso Universo uma vibração sutilíssima que permeia tudo: é o plano vibratório divino (a que os hindus chamam ADI) e que nós ocidentais dizemos ser a “terceira manifestação da Divindade” ou Cristo Cósmico.

Logo abaixo, vibracionalmente falando, embora por ele totalmente permeado, está o plano monádico (chamado pelos hindus ANUPADAKA) em que vibram as Mônadas ou Centelhas Divinas, também denominadas Cristo Interno.

Baixando ainda a freqüência vibratória surge outro plano, que dizemos ser o plano “espiritual”, onde vibram os Espíritos ou Individualidades, e que tem o nome hindu de ÁTMICO.

Estabeleçamos agora o princípio: o Plano divino permeia TODOS os demais planos; o Plano monádico permeia TODOS os planos, menos o divino, o plano átmico permeia TODOS os planos, menos o divino e o monádico; mas embora o plano átmico não permeie
os planos divino e monádico e neles não influa, é, contudo, permeado por eles e por eles influenciado. Isto porque o mais contém o menos. E também porque quanto mais altas são as freqüências vibratórias, mais se expandem, e quanto mais baixas, mais se condensam.

Continuemos.

Quando as vibrações átmicas descem mais de freqüência, surge com isso o Plano da Luz, ou Intuicional, chamado pelos hindus BÚDHICO, que também se comporta da mesma maneira: é permeado por todos os que possuem vibração mais alta que ele, e permeia todos os que têm vibração mais baixa que ele. Descendo mais a freqüência, nasce o plano mental, denominado pelos hindus de MANAS, que costuma dividir-se em duas partes: mental abstrato e mental concreto (que nós preferimos distinguir em “mental” e “intelectual”). Nesse plano mental vibram as mentes das criaturas a partir do estágio HOMEM para cima, embora os animais apelidados de “irracionais”, já comecem a vibrar no plano intelectual (mental concreto). Mas o que distingue os homens dos animais é a vibração do MENTAL (isto é: do mental ABSTRATO).

A razão de preferirmos “mental” e “intelectual”, à divisão tradicional “mental concreto” e “mental abstrato” é a má interpretação que esses adjetivos podem receber por parte dos que não possuam conhecimento suficiente. Sabemos todos que denominamos “abstrato” aquilo que só existe em nossa imaginação, mas não possui existência REAL.

Ora, o plano mental superior possui existência REAL, logo é concreto e não abstrato.

Quando esse plano de vibrações desce sua freqüência, dá nascimento a outro plano, que é justamente o ASTRAL que começamos a estudar agora. O plano astral é permeado por todos os planos superiores a ele (MANAS, BÚDHICO, ÁTMICO, ANUPADAKA e ADI) e é influenciado por todos eles, mas não atinge nenhum deles, embora esteja interpenetrado por todos.

Quando o plano astral baixa mais suas vibrações, ele se “condensa”, se “materializa” (se “coagula” como o leite que no vaso se torna queijo, na bela comparação de Job,10:10) no plano FÍSICO. Também não apreciamos essa denominação: FÍSICO do grego physis “natureza”, é tudo o que é natural. Ora, todos os planos, inclusive o divino, e a própria Divindade, são NATURAIS.

Resumindo: todos os planos se interpenetram, todas as vibrações estão em todos os lugares, MAS: as vibrações mais sutis sempre interpenetram e permeiam as mais densas, e nelas influem, ao passo que as mais densas e mais condecoradas, não influenciam as mais sutis.

As vibrações, à medida que vão baixando de freqüência, se vão separando e “localizando” cada vez mais, porque se “densificam”. O máximo de localização separatista dá-se no plano físico em que o corpo é limitado pela forma rígida e material grosseira (constituída ainda de elementos do reino mineral), dando uma idéia perfeita (embora errônea) de que cada ser e cada coisa está absolutamente separada de todas as demais.

Portanto: o PLANO ASTRAL é um plano DE VIBRAÇÕES, já sujeito à forma e à limitação, que se encontra no nível mais próximo, vibratoriamente, do plano físico-material.

O plano físico-material de qualquer grau (mineral, vegetal, animal, hominal, etc.) está sempre e totalmente envolvida e penetrado pelos demais planos vibracionais: divino, monádico, espiritual, intuicional, mental, astral. Para esclarecer cada vez mais, recordemos o que hoje se sabe a respeito das ondas elétricas e das hertzianas, de rádio e televisão: todo o plano material em que nos movimentamos, está permeado, penetrado e cercado pelas ondas radiofônicas, embora delas não tenhamos consciência, senão quando as captamos por meio de aparelhos construídos cientificamente. Assim sucede com as vibrações de ordem muito mais elevada, dos planos mais sutis: estão todas aí, a nosso lado, em redor de nós, penetrando-nos cada centímetro do corpo, sem que delas tomemos conhecimento; e isto por uma única razão: não estamos com os nossos aparelhos suficientemente treinados para percebê-las. A finalidade de nossa encarnação é também esta: aprender a perceber, mesmo enquanto materializados na forma densa, as vibrações dos planos mais sutis. O inicio desse treino apareceu com o espetacular lançamento e progresso do Espiritismo, que ampliou “para toda a carne” (Atos, 2:17) a experiência do contacto e percepção de tudo o que ocorre no plano astral.

Após esse treinamento, necessário para o futuro, e que se vai tornando cada vez mais amplo e universal, virão as outras etapas para a humanidade globalmente (já que há elementos isolados desta humanidade que, mesmo atualmente, o conseguiram, como muitos outros no passado).

Essas etapas futuras consistirão no desenvolvimento da percepção e contacto com os demais planos, acima do astral, em ordem ascendente (evolutiva): mental, intuicional, espiritual, monádico, divino. Isto temos pregado desde o início da publicação da revista “Sabedoria”: o mergulho no EU profundo (plano espiritual) o contacto com a Centelha Divina (plano monádico) e a União com Deus (plano divino).

Em outras palavras: a consciência atual que está limitada, na grande maioria, à consciência da matéria (plano físico) se estenderá e passará a vibrar conscientemente no plano astral, depois no mental, e a seguir nos outros, até que atinjamos, o estado de Homem Perfeito, a medida plena da evolução crística” (Ef. 4:13).
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